Entre os documentos que estão sendo entregues ao Ministério Público Federal (MPF), os donos da JBS vão incluir extratos e explicar em detalhes os depósitos feitos nas contas atribuídas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT). As contas foram abertas em nome de uma offshore controlada pelo empresário Joesley Batista. Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Joesley afirmou que quando negociava com o governo, depositava propina de cerca de 4%. Primeiro, numa conta “de Lula” no tempo de mandato dele, e depois numa conta “de Dilma”. O dinheiro ficaria reservado para o PT. De acordo com a publicação, Joesley conta que sempre mostrava os extratos para o então ministro Guido Mantega. O empresário explica que sempre que dava dinheiro para campanhas do partido no Brasil, ele abatia contabilmente a poupança do exterior. Dessa forma, o PT gastou tudo a que tinha direito, segundo ele. Em defesa, Lula e Dilma afirmam que jamais ouviram falar das contas. Já Mantega disse que nunca negociou a doação de recursos irregulares com o empresário.