A prisão do ex-ministro Antônio Palocci foi mantida por desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), por unanimidade. Palocci foi condenado a 12 anos e dois meses pelo juiz federal Sérgio Moro na Operação Lava Jato. O habeas corpus foi julgado nesta quarta-feira (16). O ex-ministro está preso desde setembro de 2016 por uma suposta ligação de Palocci com as operações ilegais realizadas entre a empreiteira Odebrecht e com o PT. Palocci teria recebido R$ 128 milhões em propina. O fato da Justiça ainda não ter sequestrado os valores da conta de Palocci foi o principal fundamento que o manteve preso. “Há risco de novos atos de lavagem de dinheiro, bem como risco de fuga”, afirmam os desembargadores. A defesa de Palocci nega critica a decisão. “Nunca houve risco concreto de fuga, bem como que inexistem provas de que o ex-ministro tenha valores no exterior”, afirma. Os desembargadores atestaram que há indícios de autoria e materialidade no ato. “Aquilo que se dizia no início ser uma pretensão do Ministério Público Federal apontada na denúncia, que se ancorava em indícios, hoje conta com aval da sentença”, pontuou o desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus.