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‘Não estou para trabalhar muito’, diz novo coordenador de operação que prendeu Geddel

21 dezembro 2020 | 7:05

Procurador Celso Três, nomeado pela PGR para assumir o caso, quer encerrar investigações no MPF e sugere que sejam feitos acordos com todos os alvos. Foto: Divulgação

Nomeado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o procurador Celso Tres disse que não está no cargo para “trabalhar muito” e sugeriu encerrar as investigações da Operação Greenfield no Ministério Público Federal (MPF).

Nomeado procurador da operação, ele enviou à PGR um ofício se recusando a dar prosseguimento às investigações em andamento, sugerindo que sejam apenas celebrados acordos com os alvos investigados para encerrar os processos.

Sua proposta é que tudo seja enviado à Polícia Federal para que a corporação concentre os trabalhos. Celso Tres ainda sugere que não deve ser ele o responsável por apresentar ações na Justiça sobre os crimes e desvios nos fundos de pensão, mas sim os próprios fundos de pensão.

No ofício de 14 páginas, ele afirma que não quer “trabalhar muito”, pede compensações financeiras por ter assumido o caso e faz críticas à Lava-Jato.

“Decididamente, não estou aqui para trabalhar muito. Já o fiz na ‘gringolândia'(roça, região italiana do Rio Grande do Sul) e, chegado a Porto Alegre a bordo do êxodo rural, servido por apetitoso ‘x-mico’(pão e banana) no correr de largo tempo. Ou seja, trabalhei pela sobrevivência, não porque achasse bom. Hoje, quero é jogar futebol”, escreveu.

Procuradores do MPF veem no ofício de Celso Tres uma proposta direta para acabar com a operação. A Força-Tarefa Greenfield, do MPF em Brasília, que investiga desvios bilionários em fundos de pensão de estatais, foi perdendo força durante a gestão do procurador-geral da República Augusto Aras, depois que a PGR retirou a exclusividade de alguns dos seus integrantes, em meio a um movimento de conflito com as forças-tarefas.

Com isso, o procurador natural do caso, Anselmo Lopes, pediu para sair e deixou a PGR com o ônus de encontrar um substituto. A força-tarefa contabilizava ter recuperado mais de R$ 11 bilhões aos cofres dos fundos de pensão, por meio de ações judiciais e acordos de colaboração premiada.

No fim de novembro, a PGR nomeou Celso Tres para assumir o caso, sob o argumento de que ele foi o único a se apresentar voluntariamente em uma consulta interna do MPF.

A Greenfield foi criada em julho de 2016 para apurar desvios nos maiores fundos de pensão do país. Investigou desvios na Caixa, e foi a responsável pela apreensão das malas de dinheiro com R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima (MDB), ex-ministro do governo Michel Temer (MDB). Com informações do portal G1 e O Globo.

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