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Número de negros em universidades baianas cresce 105% em dez anos

18 novembro 2023 | 0:27

As desigualdades entre os trabalhadores baianos é tema do estudo “Mercado de Trabalho para a População Negra na Bahia”. Foto: Divulgação/UFBA

O número de negros no ensino superior mais do que dobrou entre 2012 e 2022 no estado, saltando de 412,2 mil para 845,1 mil – um salto de 105%. O avanço em uma década, no entanto, não é suficiente para barrar as dificuldades da entrada dessa população no mercado de trabalho.

As desigualdades entre os trabalhadores baianos é tema do estudo “Mercado de Trabalho para a População Negra na Bahia”, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com as secretarias estaduais de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e de Emprego, Trabalho e Renda (Setre). A pesquisa inédita revela que a adoção do sistema de cotas nas universidades surtiu efeito na escolaridade de negros na Bahia.

Se em 2012 o percentual de negros no ensino superior era de 3,6%, a Lei de Cotas (12.711/2012) contribuiu para que a taxa mais do que dobrasse, atingindo 6,9% no ano passado. Apesar disso, o percentual de pessoas brancas nas universidades ainda é maior: 12%. De acordo com o estudo, a taxa de desocupação entre os negros é de 15,5% na Bahia, contra 12,8% entre os não negros (brancos, amarelos e indígenas).

Para Ana Georgina Dias, supervisora do Dieese na Bahia, os dados demonstram que a qualificação não é o único obstáculo para a inserção de negros no mercado de trabalho formal. “A maior política pública de geração de emprego e renda para a população negra é o combate ao racismo”, defende.

Os dados da pesquisa foram divulgados durante evento na sede do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN), em Salvador, na manhã desta sexta-feira (10). Ângela Guimarães, titular da Sepromi, que esteve presente na divulgação, comemorou a ampliação do número de universitários negros, mas admitiu que políticas públicas devem ser criadas para mitigar a desigualdade.

“O casamento entre políticas de acesso universal de direitos e promoção de políticas afirmativas voltadas para pessoas negras tem se mostrado eficiente, como vemos acontecer nas universidades. Precisamos dar continuidade a isso em outros setores”, falou.

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