A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (15) a Operação Nipoti, quinta fase da Operação Pecúlio, para desarticular uma organização que pratica irregularidades junto à administração municipal de Foz do Iguaçu e à Câmara Municipal da cidade, com desvio de recursos públicos e obtenção de vantagens indevidas. São cumpridos 78 mandados judiciais, sendo 20 de prisão preventiva, 8 de prisão temporária, 11 de condução coercitiva e 39 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas à quadrilha, no Paraná (Foz do Iguaçu, Curitiba, Cascavel, Maringá e Pato Branco), em Pernambuco (Recife) e no Distrito Federal (DF). A investigação aponta que foram verificados prejuízos na ordem de R$ 4,5 milhões somente em algumas obras de pavimentação em Foz do Iguaçu, que passaram por exame pericial pela PF. Não foram contabilizados ainda o prejuízo potencial decorrente da péssima qualidade das obras, o que reduzirá o tempo de vida útil da pavimentação. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu, com base em diversos indícios e depoimentos de delação premiada obtidos ao longo das investigações e das outras quatro fases da Operação Pecúlio, em trabalho conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). O nome da operação, Nipoti, é o plural de nipote, substantivo comum de dois gêneros da língua italiana, que significa sobrinhos ou netos, faz menção ao nepotismo, prática de favorecimento de familiares.