Ex-presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço foi preso na Operação Pedra no Caminho, nesta quinta-feira (21). Eles estão entre os 14 suspeitos que foram detidos temporariamente por suspeita de envolvimento em desvios de recursos públicos nas obras do trecho norte do Rodoanel, em São Paulo. A Dersa é a empresa do governo paulista que atua na construção de rodovias. Hoje, ele preside a Companhia Energética do Estado (Cesp). Segundo informações da Agência Brasil, os desvios foram estimados em mais de R$ 600 milhões. De acordo com a PF, os suspeitos vão responder por fraude à licitação, estelionato contra o poder público, falsidade ideológica e associação criminosa, conforme suas participações nos crimes. “Podemos perceber que existe uma sucessão de atos criminosos dentro da Dersa. Desde desvio de dinheiro, reassentamento a, agora, superfaturamento. Tudo relacionado ao mesmo convênio com a União, que destinou R$ 6,4 bilhões”, declarou Anamara Silva, procuradora da República com atuação no combate ao crime de corrupção. A investigação teve início em 2016, com a denúncia de um ex-gerente da empreiteira, que não concordava com os desvios de dinheiro e foi exonerado do cargo.