O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu remarcar a data em que a composição da comissão especial do impeachment será votada no Senado. Antes agendada para a próxima terça-feira, a votação acontecerá um dia antes. O entendimento veio após uma cobrança do presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). A decisão pode adiantar em uma semana a votação do afastamento da presidente. Diferentemente de outros membros da oposição, que tentaram um combate direto com Renan Calheiros, Aécio se colocou de forma mais moderada, disse que acatava as decisões do presidente do Senado, mas pediu que houvesse deliberações relacionadas ao impeachment de segunda à sexta, independentemente da sessão ser ou não ordinária.
Na decisão anterior, Renan havia determinado que os líderes partidários indicassem os membros para participar da comissão até a próxima sexta-feira. A votação em plenário, que elege a comissão, aconteceria apenas na terça-feira, quando acontecesse a próxima sessão ordinária. Com o pedido de Aécio, a votação foi antecipada para segunda. Apesar da alteração de data ser apenas de um dia, ela pode adiantar em quase uma semana a votação em plenário da instauração do processo de impeachment, que pode afastar a presidente. Com a votação na próxima segunda, a comissão deve se reunir até quarta-feira para definir os nomes para presidência e relatoria. A partir daí, o relator terá até dez dias úteis para apresentar e votar seu parecer na comissão. Respeitando esse prazo, a votação que há poucas horas estava prevista para 17 de maio pode acontecer entre 10 e 11 de maio.