O Senado inicia nesta quinta-feira (25) o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). São necessários 54 dos 78 votos para cassar em definitivo o mandato da petista, que está afastada do cargo desde 12 de maio deste ano, quando o Senado aceitou seu processo. O julgamento será presidido por Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com O Globo, tanto na base aliada do presidente interino Michel Temer (PMDB) quando na oposição, comandada pelo PT, há número suficiente para a condenação. Até a noite desta quarta (24), 52 senadores haviam declarado à publicação voto favorável ao impeachment. Alguns senadores que evitam se posicionar publicamente admitiram que se posicionam contra Dilma. A presidente é acusada de ter praticado crimes de responsabilidade fiscal em decorrência dos atrasos de repasses do Tesouro ao Banco do Brasil por despesas do Plano Safra, crédito agrícola promovido pelo governo federal, e à edição de decretos de crédito sem autorização do Congresso. O Senado disse que esses atos violariam dois artigos previstos na Lei de Impeachment. Forte esquema de segurança foi montado em Brasília para a votação. Paralelo a isso, o presidente interino enfrenta uma crise na sua base aliada, com PSDB e PMDB se confrontando em torno do compromisso com o ajuste fiscal, mas já se prepara para a cerimônia de posse. Segundo O Globo, a ordem é que seja “rápido, simples e sóbrio”. Após assinar o termo de posse no Senado, Temer deverá embarcar em sua primeira viagem internacional, para a China.