Preocupado com a volatilidade da base, o presidente Michel Temer determinou aos ministros indicados pelos partidos aliados que, no início da gestão, passem pelo menos um dia por semana despachando de dentro do Congresso. O peemedebista tem receio de que as insatisfações geradas pelas mudanças no desenho da Esplanada antes da posse se transformem em votos contrários a seus projetos no Legislativo. Também quer mudar a cara do diálogo com os parlamentares. Na primeira reunião ministerial, por sua vez, os escolhidos do vice procuram demonstrar alterações em relação à gestão anterior. O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, alfinetou os antecessores Aloizio Mercadante, Jaques Wagner e a própria presidente afastada, Dilma Rousseff. Ele anunciou que todos deveriam ficar tranquilos, pois ao contrário dos últimos ocupantes da cadeira, não pretendia usá-la para alçar a Presidência da República. “Será um trabalho para dentro”, garantiu. Após as críticas sobre a ausência de mulheres e o fim do Ministério da Cultura, Temer pretende reunir militantes do setor na próxima semana e escolher uma mulher para a futura secretaria nacional da área, que passa a ser vinculada ao Ministério da Educação.