O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que o presidente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) atuaram “em articulação” para impedir o avanço da Operação Lava Jato. Segundo informação do portal G1, a afirmação consta da decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) pela abertura de inquérito contra Temer, Aécio e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), a partir da delação de executivos da JBS. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (19). “Além disso, verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos”, afirma Janot, acrescentando que, neste caso, vislumbra-se a possível configuração do crime de obstrução de Justiça. No pedido, a Procuradoria afirma que o senador teria “organizado uma forma de impedir que as investigações [da Lava Jato] avançassem por meio da indicação de delegados que conduziriam os inquéritos, direcionando as distribuições”.