O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, classificou como “extravagante” e “ilógica” a decisão do Senado de conceder à ex-presidente Dilma Rousseff o direito de continuar exercendo funções públicos nos próximos oito anos, mesmo após ter sido afastada definitivamente do mandato. “Vejam vocês como isso é ilógico: se as penas são autônomas, o Senado poderia ter aplicado à ex-presidente Dilma Rousseff a pena de inabilitação, mantendo-a no cargo. Então, veja, não passa na prova dos 9 do jardim de infância do direito constitucional. É, realmente, do ponto de vista da solução jurídica, parece realmente extravagante”, argumentou o ministro nesta quinta-feira (1º). Ferrenho crítico do PT e do governo da ex-presidente, Mendes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), chamou a divisão da votação de algo “bizarro”. Apesar de ter avaliado a decisão como “preocupante” do ponto de vista jurídico, Gilmar Mendes disse entender que a votação tem caráter político.