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Caminhonetes são usadas como transporte escolar em município investigado pelo MP-AL

17 abril 2018 | 9:15

Dez pessoas foram presas em operação do MP realizada na semana passada que investiga fraudes em licitações. Ex-prefeito Jacob Brandão (PP) é acusado de desviar mais de R$ 12 milhões. Foto: Divulgação

Estudantes do município de Mata Grande são levados para a escola em caminhonetes, muitos vão pendurados no para-choque dos veículos. Outros vão praticamente do lado de fora da carroceria até chegar à escola. As péssimas condições do transporte escolar do município chamaram a atenção do Ministério Público de Alagoas (MP-AL), que começou a investigar o caso. Segundo os promotores, 12 milhões que deveriam ter sido investidos no transporte da cidade foram desviados pelo ex-prefeito da cidade, Jacob Brandão(PP), que está foragido. Jacob Brandão é procurado desde a semana passada, quando o Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime organizado (Gaeco) fez uma operação no estado e prendeu 10 pessoas envolvidas na fraude. O motorista que leva os alunos reconhece que anda com excesso de passageiros e sem cinto de segurança. “É muita lotação mesmo, eu já reclamei. Eu digo que tou carregando muito aluno”, afirma.

De acordo com as investigações, o dinheiro era desviado por meio de fraudes em licitações. As empresas que ganhavam a concorrência deveriam oferecer aluguel de veículos para a prefeitura. Em vez disso, elas alugavam, de pessoas físicas, a frota exigida no contrato. O MP afirma que essas pessoas ficavam com 40% do valor do aluguel. E os outros 60% eram divididos entre o prefeito, o dono da empresa e outros envolvidos. Em nota, a prefeitura disse que o atual contrato de transporte é herança da gestão passada, mas garantiu que está negociando com a empresa contratada para melhorar o serviço prestado no transporte escolar.

No esquema criminoso, segundo o MP, os supostos proprietários das empresas Genilda Gomes Lima- ME (Ômega Locações), EP Transportes, Transloc Locação e Serviços e Marcelo Calado dos Santos- EPP (Albatroz), todas de fachada, celebravam contratos fictícios com a prefeitura de Mata Grande para a prestação de serviços de locação de veículos com o intuito de desviar recursos públicos. Foram presos preventivamente Daniel Cunha Ramos, cunhado de Jacob; Max Davi Moura Rodrigues; Clériston Marinho Buarque; Antônio José Bento de Melo; Euzébio Vieira de França Neto; e Petrúcio José da Silva Filho.

Outros envolvidos foram presos temporariamente: Eustáquio Chaves da Silva Sobrinho, ex-diretor executivo da Câmara de Vereadores de Mata Grande; Hermenegildo Ramalho Mota; Jenilda Gomes Lima; e Victor Pontes de Mendonça Melo, preso pela terceira vez pelo crime de fraude de licitação. As pessoas presas temporariamente foram levadas para a sede do Gaeco, no MP, para prestarem depoimento. As demais, presas preventivamente, foram diretamente para o sistema prisional.