Com a divulgação dos áudios da JBS, que citam indiretamente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, quer que o caso seja investigado. Ela informou, por meio de nota, que fez o pedido à Polícia Federal (PF) para que não haja dúvidas sobre a dignidade dos integrantes do STF. “Agride-se, de maneira inédita na história do país, a dignidade institucional deste Supremo Tribunal e a honrabilidade de seus integrantes”, afirmou a ministra. De antemão, os empresários Joesley Batista e Ricardo Saud pediram “sinceras desculpas” pelo que falaram dos ministros, ressaltando que não têm conhecimento de atos ilícitos por parte dos magistrados. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, retirou o sigilo das gravações. Já o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou a abertura do processo de revisão do acordo de delação premiada da JBS por suspeita de irregularidades no processo. A suspeita da PGR é de que o ex-procurador Marcelo Miller teria atuado como “agente duplo” durante o processo. Ele deixou a procuradoria durante o período de negociação do acordo para atuar em um escritório de advocacia, que posteriormente foi contratado pela JBS.