O município de Rio de Contas, na Chapada Diamantina, busca tornar a Festa do Corpus Christi da cidade como Patrimônio Imaterial do Brasil. O evento ocorre desde cinco anos após a fundação da cidade, que data da segunda metade do século 18. Para conseguir o título, a secretaria municipal de Turismo, Desporto e Lazer entregará o pedido formal e um dossiê sobre os festejos ao diretor do Departamento do Patrimônio Imaterial do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional], Hermano Fabrício Guanais e Queiroz.
Neste ano, a Festa vai acontecer nos dias 19 e 20 junho. Com o título de Patrimônio Imaterial reconhecido, Rio de Contas entrará para o seleto grupo de cidades brasileiras que conseguiram a honraria, fato que deve influenciar de forma positiva o turismo religioso do município. A salvaguarda de bens culturais de natureza imaterial foi criada pelo Iphan em 2000. Desde então, cerca de 40 já foram registrados como Patrimônio Cultural do Brasil.
Rio de Contas é considerada a primeira cidade planejada do Brasil. A festa em Rio de Contas já acontece na véspera. Fachadas das casas do centro histórico são enfeitadas e iluminadas por lanternas confeccionadas com madeira e papel de seda coloridos e estilizados. Na mesma noite acontece, também, o tradicional leilão no adro da igreja Matriz (Santíssimo Sacramento) de iguarias típicas da região.
Cantor, compositor e escritor, Chico Buarque foi o vencedor do 31° Prêmio Camões de Literatura. O anúncio foi feito na noite desta terça-feira (21), na sede da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, onde um dos maiores artistas da MPB foi eleito por unanimidade.
Chico é o 13° autor a receber a premiação com base em toda a sua obra, que inclui além de centenas de canções, livros como “Leite Derramado”, “Benjamim”, “Budapeste” e o mais recente “O Irmão Alemão”, lançado em 2014. Ao longo da carreira, o carioca também escreveu cinco peças de teatro, e foi coautor em pelo menos dois filmes.
“Fiquei muito feliz e honrado de seguir os passos de Raduan Nassar”, disse o artista, que já tem no currículo o prêmio Jabuti e também Grammys na música, ao lembrar do escritor vencedor do Camões em 2016.
A artista Débora Blando, 50, fez um desabafo em seu Instagram nesta segunda-feira (20), e falou sobre os motivos que a fizeram decidir sair do país. “Música no Brasil virou ou música pornográfica ou música de corno”, disse a cantora, que detonou o atual mercado musical.
“Infelizmente aqui quem não é artista é famoso. E quem não canta faz sucesso. Quem mostra o corpo de forma grotesca e vulgar faz mais sucesso ainda. Música no Brasil virou ou música pornográfica ou música de corno, com letras machistas e grotescas. Sem poesia. Sem arte. O que matou a arte no Brasil, eu me pergunto?”, escreveu Débora no post.
Para ela, não há mais espaço para “quem tem realmente talento”, já que o público se conforma com o baixo nível de qualidade. “Obviamente ainda existem ‘artistas’ que sobreviveram e ainda estão no mercado”, pondera. “Mas não chega a dar uma mão cheia”.
Por fim, Débora se despede e diz que seguirá em busca de “novos horizontes” na Europa. “Tenho orgulho de ter trabalhado com os melhores do mundo musical tanto no mundo todo – em especial os EUA– como aqui no Brasil e o resto do mundo”, finalizou.
APRESENTAÇÕES:
18 de maio (sábado) – 20h
19 de maio (domingo) – 19h
Auditório da Pça Coronel Zeca Leite (Praça da Prefeitura) – Brumado/BA
Acesso Gratuito
BATE-PAPO COM OS ATORES:
18 de maio – 14h às 16h
Prefeitura de Brumado
Entrada gratuita e sem necessidade de inscrição prévia
Sinopse:
A fábula “Os Gigantes da Montanha” narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago Cotrone. Escrita por Luigi Pirandello, a peça atemporal é uma alegoria sobre o valor do teatro (e, por extensão, da poesia e da arte) e sua capacidade de comunicação com o mundo moderno, cada vez mais pragmático e empenhado nos afazeres materiais.
A Academia de Letras da Bahia irá homenagear Mãe Stella de Oxóssi nesta quinta-feira (2). A cerimônia celebra a data em que ela completaria 94 anos.
O evento acontecerá na sede da academia, no bairro de Nazaré, às 18h. Durante a homenagem, que terá como oradora a também acadêmica Yeda Pessoa de Castro, será declarada a vacância da cadeira da Ialorixá.
Mãe Stella ocupou, desde 2013, a cadeira 33 na academia, cujo pratono é o poeta Castro Alves (1847-1871) e teve como último ocupante o historiador Ubiratan Castro (1949-2013).
por Nildo Freitas
Muita propaganda para pouco conteúdo, na noite de estreia do Circo Mágico que se encontra em Brumado. Já estive em estrutura bem mais simples e com mais diversidades em suas atrações artísticas. É claro que as crianças gostam de circo de qualquer jeito, grande, pequeno ou bonito, para elas, circo é circo não importa a qualidade dos números apresentados.
Pra variar, a atração maior do circo, os palhaços, não tinha graça nenhuma, uma apresentação pífia, que não convenceu nem mesmo as crianças tão inocentes. Em momento de muito dor e comoção no mundo inteiro, no mínimo faltou bom senso da direção do circo apresentar um número com palhaços fazendo uso de arma de fogo, como instrumento de diversão.
O circo como instrumento cultural, ainda sobrevive na era da informática e internet, mesmo com tanta diversidades social e cultural, ainda é um mundo mágico. Só não vale vender uma falsa imagem para tentar atrair um grande público, caracterizando propaganda enganosa. Para aqueles como eu, que gosto de cultura e ainda acredita nas pessoas, é desagradável quando certas coisas acontecem.
Penso que todos acreditaram nos produtos vendidos em filipetas distribuídos pelas ruas da cidade, principalmente no conforto do ar condicionado que não estava funcionando. A salvação dos pagantes foi os ventiladores que amenizaram o forte calor no decorrer do espetáculo.
Para complementar a indigestão, ainda tinha os preços bastante elevados dos produtos que eram vendidos no interior da praça de alimentação. Não enfrentaria novamente uma fila quilométrica para ver outro espetáculo, pagando um preço tão alto pelas acomodações e pelos produtos vendidos no mundo mágico desse circo.
A aprovação dos recursos será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de quarta (13), por meio de decreto assinado pelo governador. “Assinei hoje e sai amanhã o decreto. São 15 milhões para projetos de cultura em toda a Bahia”, disse Rui.
Instituído pela Lei nº 7.014/1996, o Fazcultura tem como objetivo promover ações de patrocínio tendo como base renúncia de recebimento do Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) pelo Estado. Além de aportar o valor autorizado do ICMS que seria pago, a empresa deve investir um percentual de recursos próprios nos projetos e atividades culturais.
O programa contribui para estimular o desenvolvimento cultural da Bahia, ao tempo em que possibilita às empresas patrocinadoras associar sua imagem diretamente às ações culturais que considerem mais adequadas. É um mecanismo de fomento não reembolsável e o apoio é sempre concedido sob forma de recurso financeiro.
O ator e ex-deputado federal Stepan Nercessian (PPS) foi exonerado da presidência da Fundação Nacional das Artes (Funarte). O decreto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (14). Para ocupar o lugar de Stepan, o governo federal nomeou Miguel Angelo Oronoz Proença, ex-secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro.
A Orquestra Neojibá e a banda Pholhas abrem, nesta segunda-feira, 17, a segunda etapa do Natal Encantado, agora no núcleo formado pelas praças Monsenhor Renato Galvão e Padre Ovídio. A maior comemoração natalina de todo norte e nordeste – foi iniciada no dia 3 em palco da avenida Getúlio Vargas – prossegue com shows de atrações nacionais e regionais em todas as noites, até o dia 21 – Serão duas apresentações. A programação completa pode ser vista no sítio www.feiradesantana.ba.gov.br/natalencantado. A Neojibá, sigla para Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia, subirá ao palco às 19h. E apresentará peças eruditas e populares. O Neojibá tem como objetivo promover o desenvolvimento e a integração social, prioritariamente de crianças, adolescentes e jovens em situações de vulnerabilidade, por meio do ensino e da prática musical coletiva.
O jurista, educador e intelectual Joaquim Falcão tomou posse na noite de ontem (23) na cadeira 3 da Academia Brasileira de Letras (ABL), em solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon. O novo acadêmico foi eleito no dia 19 de abril deste ano, na vaga do escritor e jornalista Carlos Heitor Cony, morto no dia 5 de janeiro. Segundo a Agência Brasil, no discurso de posse, Falcão propôs que a ABL seja considerada um patrimônio cultural e o Estado Democrático de Direito, um patrimônio político. “Cultura é a capacidade de cada um escolher seu melhor futuro. Matéria-prima da democracia, tão importante quanto segurança, emprego, saúde, educação e justiça. Nenhuma economia funciona sem eficiente infraestrutura: rodovias, saneamento, transportes, energia e tanto mais. Assim, também, a democracia. Não funciona sem adequada infraestrutura para a livre circulação de direitos e deveres culturais. Direito é energia. Move igualdades e liberdades. Não pode faltar”, avaliou. Em outro trecho do discurso, destacou o direito de ler, de leitura e a literatura. Por todos os meios: livro, jornal, laptop, celular, internet, rádio, TV, exposições de arte. “Ler vendo, ler lendo, ler ouvindo, ler acessando. Sou dos que acreditam que mesmo em era visual, nunca se leu tanto no mundo. Apenas, lê-se diferentemente. Sejam grandes romances, instalações, Twitter, Facebook ou WhatsApp”. Falcão disse que o país venceu o analfabetismo que impedia tecnicamente a leitura. “Não devemos nos entregar à outra escuridão. Aquela onde alguém escolhe por nós o que nós mesmos podemos escolher”. Ao encerrar o pronunciamento falou que “o direito de expressão é direito relacional. Entre a liberdade do emissor e a escolha do receptor. Um energiza e dá vida ao outro”.