Os impactos da possível redução da vazão do Rio São Francisco de 900 m³/s para 800 m³/s nos reservatórios de Sobradinho (no município de Remanso, a 719 km de Salvador) e Xingó (AL) foram discutidos em evento promovido, nesta quarta-feira, 9, no Hotel Catussaba, em Stella Maris. Dentre os principais prejuízos está a alteração na qualidade da água usada para abastecimento humano e animal. “O avanço da cunha salina [quando a água do mar invade o rio] que torna a água salobra. Isso aumenta com a redução da vazão. Sem contar a questão da navegação que já está afetada, como a pesca artesanal, a irrigação, além de aumentar o assoreamento e ser um problema para as companhias de abastecimento municipais e estaduais”, afirma o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda- responsável pela gestão participativa das águas da bacia. “A redução também iria coincidir com a piracema, quando os peixes precisam de mais água para subir até a nascente e desovar”, lembra o presidente do CBHSF.
Um poço artesiano que foi aberto em uma Rua Próximo a Unidade Escolar Sheila Barreto, está causando a maior polêmica em Brumado. O município não se encontra em estado de calamidade pública e não está faltando água, mesmo assim o dono da Rua mandou instalar o seu poço particular, sem apresentar nenhuma documentação que lhe confere este direito. O ato chamou atenção da população, que está indignada e fazendo vários questionamentos sobre a responsabilidade da autorização, ousadia e ação do empresário. Segundo informações, o poço seria para abastecer a sua piscina, pois a temperatura da cidade é muito quente, e seria mais econômico ter o seu próprio Poço. O empresário não quis gravar entrevista, mas informou que tanto o secretário André Cardoso da (SEINF) e Fred Neves (SEMAR) tinha conhecimento da obra. A redação do Site Brumado Verdade, tentou contato com o secretário municipal de infraestrutura, o engenheiro André Cardoso, mas não obteve sucesso. Procuramos a fiscalização da SEMAR, e fomos informados que só o órgão estadual (INEMA), poderá autorizar a outorga para a abertura de poço em área rural, particular ou pública, não no meio da rua, como este que foi aberto na Rua José Rodrigues Santos pelo empresário Sebastião Lima. Os vizinhos estranharam a movimentação de máquinas e caçambas, e a poeira que cobriu toda Rua durante os trabalhos dos equipamentos durante a operação nesta terça-feira (08), tempos bicudos estamos vivendo em nosso município. Que apareçam os responsáveis, e que sejam punidos na forma da lei todos os envolvidos por este ato absurdo, só assim acabaremos com tão manjado jeitinho brasileiro de alguns que detém o poder e gerencia a coisa pública como se fosse o quintal da sua casa.
Uma operação da Polícia Federal (PF), denominada de “Ampulheta”, prendeu nesta quarta-feira (9) duas pessoas por extração clandestina de areia em Vitória da Conquista e Anagé, no sudoeste. A ação cumpriu ainda cinco mandados de busca e apreensão contra um grupo que explorava areia de forma ilegal em diferentes pontos do leito seco do rio Ribeirão do Poço, que fica entre Conquista e Anagé. De acordo com o delegado Rodrigo Souza Kolbe, a areia era vendida para empresas – principalmente do ramo de construção civil – de Vitória da Conquista. Na casa de um dos detidos, a polícia encontrou talões de venda que remetiam a 2013. O delegado disse ainda que o grupo investigado já respondia por inquérito e processos administrativos contra a prática ilegal, mas continuava no comércio ilegal, com impacto no meio ambiente da região. Além da PF, participaram da operação agentes do Ministério Público Federal, Polícia Militar (78ª e 92ª Companhias Independentes), Ibama, Inema e prefeitura de Vitória da Conquista.
O mundo caminha para uma “catástrofe climática”, alertou nesta segunda-feira (7) o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, ao abrir a semana ministerial da cúpula sobre o clima que visa a estabelecer um acordo mundial contra o aquecimento global. “O mundo espera mais de vocês do que meias-medidas”, disse Ban Ki-moon aos delegados, apelando aos países que aceitem, a cada cinco anos, uma avaliação do seu envolvimento antes da entrada em vigor do futuro acordo. Segundo a Agência Brasil, o secretário-geral defendeu que “o objetivo atual é o mínimo” e deve-se ter “a ambição de ir além”. “As decisões que tomarem aqui em Paris serão sentidas durante séculos”, destacou. O acordo deve “deixar claro ao setor privado que a transformação que nos dotará de uma economia mundial com baixas emissões (de gases de efeito estufa) é inevitável, benéfica e já está em curso”, adiantou. A Conferência do Clima de Paris (COP21) aprovou no sábado (5) um projeto de acordo para combater as alterações climáticas. O acordo deve ser concluído esta semana pelos ministros dos cerca de 200 países, para ser assinado no dia 11 de dezembro.
Das 24 barragens de rejeitos de minérios em funcionamento na Bahia, quatro têm classificação idêntica à Barragem do Fundão, que rompeu no dia 5 de novembro, em Mariana (MG), e matou 13 pessoas, deixando outras dez ainda desaparecidas. Na Bahia, as barragens que causam preocupação, duas ficam em Jacobina, no Piemonte da Diamantina, e as outras duas ficam em Santaluz, na região sisaleira. Elas estão classificadas em Dano Potencial Associado (DPA), condição considerada alta pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Por não ter alertas sonoros, assim como a de Mariana, a Barragem 02, administrada pela Yamana Gold, em Jacobina, é a que mais preocupa. Mesmo no DPA, elas não aparecem entre as 16 mais inseguras do país, segundo relatório divulgado em abril pelo próprio DNPM. Apenas uma está em plena atividade. As outras não são usadas, apesar de armazenarem material de rejeitos. A Barragem 01, em Jacobina, inclusive, preencheu toda a capacidade de armazenamento em 2008. Já as de Santaluz estão inativas, informou a Fazenda Brasileiro S/A, subsidiária da Yamana, que administra as barragens.
As obras para conter a erosão das margens do Rio São Francisco foram entregues neste sábado, 28, no trecho que o rio passa pelo município de Muquém do São Francisco, no oeste da Bahia. Ao todo foram investidos R$ 11 milhões. “Trabalhar para garantir a preservação do rio é crucial não só para o meio ambiente e a sobrevivência da população ribeirinha, como também para a economia do estado”, disse o governado Rui Costa que foi a cidade entregar as obras que foram executadas pela Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb), empresa vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos (SIHS). Os recursos investidos contemplam o cercamento da área degradada com mourões de madeira, incluindo aguadas, e a recomposição vegetal de proteção permanente, com o plantio de mais de três mil mudas nativas. Também foram instaladas estruturas de acesso, incluindo passeios, canaletas e dispositivos de drenagem; seis escadas de acesso ao rio; quatro acessos à aguada de animais, além da realização de ações de educação ambiental, informou o governo. Ainda em Muquém do São Francisco, o governador inaugurou o sistema integrado de abastecimento de água construído pela Cerb para atender cerca de 4,7 mil moradores, de 19 localidades dos municípios de Muquém do São Francisco e Wanderley. Rui ainda fez a entrega de 19 títulos de terra.
Seis praias estão impróprias para banho nesta final de semana, de acordo com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). O Inema avaliou 37 praias em Salvador e Lauro de Freitas. De acordo com o instituto, os banhistas devem evitar a praia de Periperi (na saída de acesso à praia, após travessia da via férrea), Ondina (próximo a escada de acesso à praia), Armação (em frente ao Hotel Alah Mar), Boca do Rio (em frente ao posto Salva Vidas), Corsário (em frente ao Posto Salva Vidas) e Buraquinho (200 m da foz do rio Joanes). De acordo com o órgão, a praia é considerada imprópria quando mais de 20% das amostras coletadas em cinco semanas consecutivas, apresentar resultado superior a 1.000 coliformes fecais ou 800 Escherichia coli, ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2500 coliformes termotolerantes ou 2000 Escherichia coli ou 400 enterococos por 100 mL de água.
Uma aeronave Hércules C-130 e um helicóptero Super Puma da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram a atuar no combate aos incêndios florestais na Chapada Diamantina, nesta quarta-feira (18). Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) são 11 aeronaves – sete aviões e quatro helicópteros – a serviço do programa Bahia Sem Fogo, sendo utilizados para lançamento de rajadas de água sobre a área atingida, transporte dos bombeiros e brigadistas às áreas de difícil acesso, além de monitoramento aéreo para subsidiar os rumos do combate. O reforço dos aviões da FAB foi anunciado no último domingo(15) pelo governador Rui Costa A aeronave é equipada com cinco tanques de água e dois tubos que se projetam pela porta traseira, com capacidade de levar até 12 mil litros de água e processo de recarga considerada rápida, cerca de doze minutos. O secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, que se encontra na Chapada coordenando os trabalhos do Bahia Sem Fogo, ressaltou a dedicação integral da equipe no combate os incêndios. “O balanço das ações até o momento é positivo. Constatamos a diminuição considerável dos focos, mas a atenção continua redobrada”. A coordenadora de Fiscalização Preventiva do Inema e perita em incêndios florestais, Fabíola Cotrim, fez um balanço das ações nos últimos dias. “Estamos com frentes concentradas nos municípios de Mucugê e Palmeiras, com a utilização da aeronave da FAB e dos aviões Air Tractor enviados pelo Governo do Estado. Também foram disponibilizados pelo Exército Brasileiro três carros-pipas, quatro jipes marruá para o transporte de equipamentos e pessoal”. Até o momento foram controlados os principais focos de incêndios registrados entre os municípios de Lençóis e Palmeiras, na BR-242, nas proximidades do Rio Mucugezinho, nas localidades de Campo São João, Morrão e Cercado, mas os brigadistas continuam no local como ação preventiva para que não haja reignição.
A ação perversa que o Rio do Antônio vem passando no perímetro urbano em Brumado vem chamando atenção de movimentos ecológicos e da população do seu entorno. O site Brumado Verdade, constatou que nas imediações da ponte da Rua Coronel Santos, (Bairro São Félix), existe um acúmulo de lixo provindo das empresas que operam próximo ao Rio. Isso prova a falta de respeito e informação de algumas pessoas que só pensa no lucro fácil e não pensa no coletivo e no meio ambiente. Esperamos que os órgãos responsáveis pela fiscalização faça a retirada do lixo, e coloque placas educativas alertando para o crime ambiental que estas pessoas estão cometendo contra o Rio e a vida humana. O Rio do Antônio era o nosso maior patrimônio material, manancial pujante de vida e área de lazer de toda comunidade brumadense, e que hoje infelizmente, se encontra neste estado devido à ação do homem, o Rio virou uma rede de esgotos a céu aberto.
Representantes da mineradora Samarco, de propriedade da Vale e da anglo-australiana BHP, admitiram nesta terça-feira (17) o risco de rompimento das barragens de Santarém e Germano, situadas próximas à barragem rompida em Mariana (MG), no último dia 5. “Tem o risco e nós, para aumentar o fator de segurança e reduzirmos o risco, nós estamos fazendo as ações emergenciais necessárias”, declarou o gerente-geral de projetos estruturais da Samarco, Germano Lopes, durante entrevista coletiva. Segundo informações do portal G1, o diretor de operações e infraestrutura da Samarco, Kléber Terra, afirmou também que o fator de segurança na barragem de Santarém é de 1,37 em uma escala de 0 a 2, o que significa uma estabilidade de 37% acima do equilíbrio limite de 1. Lopes, por sua vez, disse que o dique Selinha, uma das estruturas envolvidas, tem índice de 1,22, o menor em todo o complexo. Ele ainda acrescentou que o fator de segurança é estabelecido pela NBR 13028, que prevê, para estruturas numa condição normal de operação, o fator mínimo de de 1,5. Em condições adversas, é admitido fator de segurança é de 1,3. Ainda conforme Lopes, o índice igual a 1 representa que a estrutura está no limite de equilíbrio.