O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, convidou o presidente Lula (PT) para sua posse por meio de um acarva enviada ao petista neste domingo (26). Segundo o jornal Folha de S. Paulo, no texto, Milei fala em “trabalho frutífero” e “construção de laços”.
“Sei que o senhor conhece e valoriza cabalmente o que significa este momento de transição para o processo histórico da Argentina, seu povo, e naturalmente para mim e minha equipe de colaboradores que me acompanharão na próxima gestão do governo”, diz Milei no documento.
“Em ambas as nações temos muitos desafios pela frente e estou convencido de que uma troca nos campos econômico, social e cultural, baseada nos princípios da liberdade, nos posicionará como países competitivos em que seus cidadãos podem desenvolver ao máximo suas capacidades e, assim, escolher o futuro que desejam.”
“Em ambas as nações temos muitos desafios pela frente e estou convencido de que uma troca nos campos econômico, social e cultural, baseada nos princípios da liberdade, nos posicionará como países competitivos em que seus cidadãos podem desenvolver ao máximo suas capacidades e, assim, escolher o futuro que desejam.”
Na carta, Milei também diz esperar que a atuação conjunta entre os dois países se traduza em “crescimento e prosperidade para argentinos e brasileiros”. O presidente eleito encerra o documento com saudações de “estima e respeito” a Lula, esperando vê-lo na posse.
“Sabemos que nossos países estão estreitamente ligados pela geografia e história e, a partir disso, desejamos seguir compartilhando áreas complementares, a nível de integração física, comércio e presença internacional, que permitam que todo esta atuação conjunta se traduza, de ambos os lados, em crescimento e prosperidade para argentinos e brasileiros”, afirma.
“Desejo que o tempo em comum como presidentes e chefes de governo seja uma etapa de trabalho frutífero e construção de laços que consolidem o papel que a Argentina e o Brasil podem e devem cumprir na Conferência das Nações.”
De acordo com a Folha, a carta foi entregue pela futura chanceler da Argentina, Diana Mondino, ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Mondino se encontrou neste domingo com Vieira e os embaixadores dos dois países no Itamaraty.
“Foi uma grande ocasião e um gesto dela de querer ser portadora pessoal dessa carta do presidente. Foi uma reunião produtiva em que discutimos vários temas e ela já está de regresso”, disse Vieira à imprensa após a agenda.
O assessor de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, comunicou que a libertação de reféns israelenses em troca de uma trégua temporária da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza foi adiada para sexta-feira (24). Ao passar a informação, na noite desta quarta-feira (22), ele não explicou o motivo do adiamento.
Inicialmente, a expectativa era de que os reféns fossem liberados na manhã desta quinta-feira (23). Também não está claro quando vai começar o período de cessar-fogo de quatro dias. Em um comunicado, Hanegbi dissse que os contatos sobre o acordo continuam. “A liberação começará conforme o acordo original entre as partes, e não antes de sexta-feira”, diz a nota.
Na madrugada desta quarta-feira (22), Israel e o Hamas concordaram com uma trégua de pelo menos quatro dias na Faixa de Gaza para permitir a entrada de ajuda humanitária no enclave palestino sitiado e a libertação de ao menos 50 reféns israelenses nas mãos do grupo terrorista em troca de pelo menos 150 palestinos presos em Israel.
Entre 2019 e 2022 foram registrados 759 ataques contra jornalistas durante 89 eleições em 70 países. Os casos de violência incluem agressões, assassinatos, ataques digitais, prisões arbitrárias e a obstrução do trabalho dos profissionais de mídia, com ameaças ou destruição de equipamentos. Os dados são do relatório da Organização das Nações Unidas para Ciência, Educação e Cultura (Unesco), divulgado nesta quinta-feira (2), data que marca o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.
“Não é algo que está localizado em uma região específica ou país específico. Foram muitos processos eleitorais, ao longo desse período, onde nós verificamos que os jornalistas que estavam fazendo um trabalho fundamental para garantir eleições livres e justas tiveram seu trabalho impedido ou dificultado em função dessa violência que a Unesco documentou”, afirmou o chefe da seção de Liberdade de Expressão e Segurança de Jornalistas da agência, Guilherme Canela, em entrevista à agência de notícias da ONU.
Ao todo, 42% dos ataques foram perpetrados por agentes da lei, e 29% das vítimas eram mulheres. Canela destaca que os ataques digitais têm foco sobre mulheres jornalistas em todo o mundo.
Em 2024, o mundo terá 81 países realizando eleições. Por isso, neste 2 de novembro, a ONU marca o Dia internacional do Fim da Impunidade por Crimes contra Jornalistas destacando os riscos que esses profissionais enfrentam durante processos eleitorais. “Façamos um esforço genuíno para que, no próximo ano, a cobertura dos processos eleitorais possa se dar de maneira pacífica e que os jornalistas possam fazê-la com profissionalismo e independência nesse super ano eleitoral de 2024”, apontou Canela.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reunirá na próxima segunda-feira (30) para uma reunião de emergência após pedidos dos Emirados Árabes Unidos para que haja mais um debate sobre o conflito entre e Israel e Hamas, que se intensificou por causa da operação terrestre israelense na Faixa de Gaza. A informação foi confirmada pelo Itamaraty neste domingo (29).
Durante o encontro, os países também deve discutir o corte nas linhas de comunicação entre Israel e Hamas. As ações por terra iniciaram na última sexta-feira (27). O secretário-geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, usou as redes sociais para reforçar o apelo por “um cessar-fogo humanitário imediato, pela libertação incondicional dos reféns e por uma ajuda que corresponda às necessidades dramáticas do povo de Gaza, onde uma catástrofe humanitária se desenrola diante dos nossos olhos”.
Em reuniões anteriores do Conselho, o Brasil, a Rússia e os EUA propuseram resoluções para definir a postura da ONU diante do conflito, porém, os textos foram vetados por alguns dos países que integram o grupo. O Conselho de Segurança é composto por 15 países, dez com mandato rotativo e cinco permanentes (EUA, Reino Unido, China, Rússia e França). Atualmente, o Brasil é o presidente do grupo.
O papa Francisco apelou neste domingo (29) a um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas e renovou o pedido para a libertação dos reféns detidos pelo grupo militante palestiniano em Gaza.
“Que ninguém abandone a possibilidade de parar as armas”, disse ele na sua bênção semanal na Praça São Pedro. “Cessar-fogo”, disse ele, mencionando um recente apelo televisivo do padre Ibrahim Faltas, um dos representantes do Vaticano na Terra Santa.
“Dizemos ‘cessar-fogo, cessar-fogo’. Irmãos e irmãs, parem! A guerra é sempre uma derrota, sempre”, afirmou Francisco.
“Em Gaza, em particular, que haja espaço para garantir a ajuda humanitária e que os reféns sejam libertados imediatamente”, disse ele, falando sobre os reféns israelenses apreendidos pelo Hamas em 7 de outubro.
Milhares de moradores desesperados de Gaza invadiram depósitos e centros de distribuição da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) pegando farinha e “itens básicos de sobrevivência”, disse a organização neste domingo.
Francisco falava enquanto as forças israelenses conduziam operações terrestres contra o Hamas em Gaza, no que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chamou de segunda fase de uma guerra de três semanas que visa esmagar o grupo.
A invasão por terra da Faixa de Gaza acontecerá em breve. “Não vou detalhar quando ou como”, disse o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, nesta quarta-feira (25). Segundo ele, os detalhes da ofensiva serão decididos em comum acordo pelo gabinete de guerra. “Já matamos milhares de terroristas, e este é só o começo”, disse ele ao comentar o assunto.
Esta não é a primeira vez que o premiê alerta para a iminência de uma incursão do Exército israelense à Gaza desde o início da guerra entre o seu país e o Hamas, em 7 de outubro. Sua declaração se dá, no entanto, em um momento em que surgem indícios de que ela não acontecerá tão rapidamente quanto se esperava quando foi anunciada, cerca de dez dias atrás — e que a decisão não depende só da agenda de Tel Aviv.
Ao que tudo indica, os responsáveis pela demora são os Estados Unidos. Também nesta quarta, o jornal americano The Wall Street Journal afirmou que a Casa Branca pediu diretamente ao governo israelense para adiar a ofensiva para reforçar as defesas antimísseis de suas bases no Oriente Médio.
Cerca de 12 sistemas já estariam prontos para envio para países como Arábia Saudita, Iraque, Jordânia, Kuait, Síria e Emirados Árabes Unidos. Desde o início da guerra, instalações dos EUA vêm sendo alvejadas por mísseis e drones de grupos aliados ao Irã —o patrocinador regional do Hamas e do Hizbullah libanês— no Iraque e na Síria, e militares americanos acreditam que suas forças se tornarão alvo de facções quando a invasão tiver início.
Os EUA já enviaram caças, aviões de ataque e dois grupos de porta-aviões para a região, um deles já em operação, para dissuadir essas ações e o envolvimento mais incisivo do Irã e do Hizbullah na guerra. Enquanto isso, o grupo libanês segue a rotina de troca de fogo com israelenses na fronteira norte do Estado judeu.
A Organização das Nações Unidas (ONU) expressou, nesta quinta-feira (19), a indignação contra o ataque ao Hospital Al Ahli Arab, na cidade de Gaza, que matou mais de 470 civis na última terça-feira (17). A ONU chama atenção para prática genocida. O grupo, composto por sete especialistas, acusa Israel de cometer crimes contra a humanidade e alerta para o risco de genocídio na região. “O ataque ao Hospital Al Ahli Arab é uma atrocidade”. Israel nega ter alvejado a unidade de saúde.
“Estamos igualmente indignados com o ataque mortal, no mesmo dia, a uma escola localizada no campo de refugiados de Al Maghazi, que abrigou cerca de 4 mil pessoas deslocadas, bem como a dois campos de refugiados densamente povoados”, afirmaram os especialistas.
O grupo da ONU diz que há uma campanha em curso por parte de Israel que resulta em crimes contra a humanidade em Gaza. “Considerando as declarações feitas por líderes políticos israelenses e seus aliados, acompanhadas pela ação militar em Gaza e pela escalada de prisões e assassinatos na Cisjordânia, existe também um risco de genocídio contra o povo palestino”, concluiu.
O documento é assinado pelo relator sobre Direitos Humanos à Água Potável e ao Saneamento, Pedro Arrojo Agudo; pela relatora Especial sobre a Situação de Direitos Humanos no Território Palestino Ocupado, Francesca Albanese; pela relatora Especial sobre Violência contra Mulheres e Meninas, Reem Alsalem; pela relatora Especial sobre os Direitos Humanos de Pessoas Deslocadas Internamente, Paula Gaviria Betancur; pelo relator Especial sobre o Direito à Alimentação, Michael Fakhri; pela relatora Especial sobre o Direito de Todos ao Gozo do Mais Alto Padrão de Saúde Física e Mental, Tlaleng Mofokeng; e pelo relator Especial sobre o Direito à Moradia, Balakrishnan Rajagopal.
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O Brasil retirou da região do conflito no Oriente Médio um total de 1.137 brasileiros por meio da Operação Voltando em Paz, iniciativa do governo brasileiro para trazer nacionais que desejam sair da zona de guerra. Outros 150 brasileiros continuam na região no aguardo da repatriação: 120 em Israel e cerca de 30 na Faixa de Gaza.
Foram seis voos desde o dia 10 de outubro, sendo que o último, com 221 brasileiros, deixou a área de conflito e deve chegar ao país na madrugada desta quinta-feira (18). “Com isso, nós encerramos a primeira fase da maior operação de repatriação de brasileiros em zona de conflito, excluída, portanto, a pandemia, desde 2006”, relatou o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira nessa quarta-feira (18), em Brasília, em entrevista à imprensa.
Vieira destacou que a operação disponibilizou veículos para transportar os brasileiros das áreas centrais de Jerusalém e Tel Aviv até o aeroporto e que toda operação foi acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira durante entrevista coletiva, no Palácio Itamaraty, falam sobre a operação Voltando em Paz, de resgate de brasileiros da região de conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Agora, o Itamaraty aguarda a possibilidade de retirar os brasileiros da Faixa de Gaza, alvo dos bombardeios diários de Israel. “O presidente Lula falou com o presidente do Egito, El-Sissi, eu falei ontem com o ministro do Exterior do Egito pedindo o apoio para que o os brasileiros possam ser evacuados assim que essa passagem for aberta”, informou o ministro.
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O telescópio espacial James Webb da NASA detectou nanocristais de quartzo na atmosfera de um distante exoplaneta semelhante a Júpiter, conhecido por WASP-17 b. Essa descoberta é inédita no campo de pesquisa de exoplanetas, acrescentando mais uma camada de mistério às características já únicas do WASP-17 b.
O exoplaneta WASP-17 b, um dos maiores descobertos até hoje, fica a 1.300 anos-luz da Terra, na constelação de Scorpius. Nós o encontramos pela primeira vez em agosto de 2009.
O que torna o WASP-17 b verdadeiramente único é a sua órbita retrógrada. Ao contrário da maioria dos planetas, ele se move na direção oposta à rotação de sua estrela próxima. Isso desafiou nossas teorias existentes de como os planetas se formam.
Além disso, o WASP-17 b tem um período orbital curto, de menos de quatro dias terrestres. Isso o torna um alvo perfeito para técnicas de espectroscopia de transmissão. Essas técnicas nos permitem medir como a luz das estrelas é espalhada e filtrada pela atmosfera do exoplaneta.
Os pesquisadores fizeram uma nova descoberta sobre o WASP-17 b usando o Telescópio Webb. Pela primeira vez, eles identificaram partículas de sílica na atmosfera de um planeta distante. Mais especificamente, eles encontraram nanocristais de quartzo. Essa descoberta acrescenta outro nível de complexidade aos mistérios que cercam o WASP-17 b.
Um grupo de 28 pessoas permanece abrigado nas cidades de Rafah e Khan Yunis, em Gaza, aguardando autorização do governo egípcio para cruzar a fronteira e poder se deslocar até o aeroporto do Cairo. De lá, eles serão trazidos para o Brasil no avião VC-2 da Presidência da República, que tem capacidade para transportar até 40 passageiros.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vêm negociando a abertura da fronteira desde a semana passada para poder resgatar o grupo. Entre sexta e sábado, o presidente abordou a questão em telefonemas com o presidente de Israel, Isaac Herzog, o presidente do Egito, Abdul Fatah al-Sisi, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Das 28 pessoas que aguardam resgate, 18 (três homens, cinco mulheres e dez crianças) foram deslocadas para Rafah, onde passaram a noite em um imóvel alugado pelo Itamaraty. Elas estavam na Cidade de Gaza, onde se abrigaram em uma escola — a Rosary Sisters School, que fica na periferia da capital, ao sul — durante os primeiros dias da ofensiva de Israel.
As outras dez pessoas (três homens, três mulheres e quatro crianças) são moradoras de Khan Yunis e aguardam a liberação em suas casas. A cidade fica a poucos quilômetros de Rafah. Ao todo, o grupo é composto por 22 brasileiros e 6 palestinos com residência no Brasil. Todos têm recebido acompanhamento psicológico, por profissional palestina contratada em Gaza, pelo escritório de representação do Brasil junto à autoridade palestina. O apoio do governo brasileiro inclui ainda o aluguel de transporte, abrigo e alimentação.
O avião VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República foi deslocado e aterrissou em Roma, na Itália, às 10h25 desta sexta-feira (dia 13), no horário local. A aeronave aguarda autorização de trâmites diplomáticos com Egito, Israel e o lado palestino para que os brasileiros cruzem a fronteira com segurança e embarquem do Egito para o Brasil.
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