por Otávio Queiroz
O número de partidos políticos em atuação no Brasil caiu de 35, em 2015, para 24 em 2025, uma redução de mais de 30% provocada por um movimento de fusões e federações entre legendas. As recentes alianças entre União Brasil e PP, e a fusão entre PSDB e Podemos, refletem esse novo cenário e devem impactar diretamente a política nacional, segundo o analista político e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Carlos Zacarias.
A redução será ainda mais expressiva no Congresso Nacional. Em 2019, 30 partidos tinham representação nas duas Casas. Agora, com a consolidação das federações e fusões, o número deve cair para 16.
Segundo especialistas, esse enxugamento da chamada “sopa de letrinhas” partidária é fruto de uma série de mudanças legislativas aprovadas entre 2015 e 2021. A primeira ocorreu em 2015, com uma minirreforma eleitoral que dificultou a criação de novas siglas ao exigir que partidos em formação comprovassem apoio de, no mínimo, 500 mil eleitores em dois anos — sem contar com eleitores já filiados a outros partidos.
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), tem sido apontado nos bastidores do governo como o principal suspeito de vazar à imprensa o conteúdo de uma conversa reservada entre a primeira-dama Janja da Silva e o presidente da China, Xi Jinping. A informação foi revelada nesta quarta-feira (14) pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Segundo informações dos bastidores, Janja teria pedido a palavra durante um encontro com Xi para falar sobre os efeitos do TikTok no Brasil, considerados por ela como prejudiciais. A fala teria causado desconforto entre os presentes, inclusive na primeira-dama chinesa, Peng Liyuan, já que o tema não estava previsto na pauta oficial.
Fontes próximas ao governo relataram à imprensa que Rui Costa e Janja mantêm uma relação de tensão nos bastidores, com histórico de atritos relacionados, por exemplo, a gastos do gabinete da primeira-dama. Esse suposto desgaste reforça a desconfiança sobre a origem do vazamento.
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Mesmo sem confirmação oficial de que será candidata à Presidência da República em 2026, Michelle Bolsonaro já tem sido colocada no centro das articulações da direita para a próxima eleição.
Segundo informações do portal Poder360, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já discutem nomes para compor a possível chapa como vice da ex-primeira-dama.
Entre os cotados estão os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Rogério Marinho (PL-RN), ambos nomes de confiança do núcleo bolsonarista. As conversas ainda são preliminares, mas refletem a movimentação estratégica de setores do PL e partidos aliados diante do cenário de incerteza sobre a elegibilidade de Bolsonaro.
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O irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Renato Bolsonaro, é ventilado pelo Partido Liberal como um dos nomes para disputar uma vaga como deputado federal após parlamentares mais votados da legenda em São Paulo enfrentarem imbróglios um ano antes das eleições de 2026.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de São Paulo, os estudos em torno de Renato Bolsonaro entrar na disputa eleitoral tem sido estudada diante a possibilidade de Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos (EUA), pleitear uma vaga no Senado.
Na sexta-feira (9), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar a deputada federal Carla Zambelli a dez anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Corte determinou ainda a perda do mandato da parlamentar.
Outro nome em jogo para o PL é o do vereador Lucas Pavanato, edil mais votado na cidade de São Paulo em 2024.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (6), o requerimento de urgência do PLP (projeto de lei complementar) 177 de 2023. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), é defensor do aumento do número de vagas.
Com a aprovação do requerimento, passará de 513 para 531 o número de deputados federais. 268 parlamentares foram favoráveis, enquanto 199 foram contrários. A Bahia não ganhou vaga e se manteve com 39 deputados na Casa.
Com a urgência aprovada, o texto não precisa ser analisado pelas comissões da Câmara, já que precisava de 257 votos para ser aprovado. A nova composição passaria a valer já para as eleições de 2026.
O deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB), relator do projeto, alterou a proposta e sugeriu uma ampliação de 18 cadeiras na Casa, diferentemente das 14 que havia estabelecido antes.
A Mesa Diretora da Câmara aponta que a criação de cada vaga para deputado poderá causar um impacto anual de aproximadamente R$ 3,6 milhões. O aumento de 18 deputados no Congresso custaria R$ 64,6 milhões por ano aos cofres públicos.
Damião afirma no relatório que a direção da Casa concluiu que o orçamento da Câmara dos Deputados “já comportaria as despesas decorrentes da aprovação do projeto”.
A Câmara Municipal de Vitória da Conquista realizou na noite desta segunda-feira (28) uma audiência pública voltada à discussão sobre demandas relacionadas à infraestrutura viária dos principais acessos viários à cidade.
O debate, proposto pelo presidente da Casa, vereador Ivan Cordeiro, contou com a participação da prefeita Sheila Lemos e reuniu parlamentares municipais e estaduais, técnicos de órgãos públicos, lideranças comunitárias e empresariais, além da sociedade civil organizada.
O objetivo foi traçar um panorama real das dificuldades enfrentadas pela população conquistense no dia a dia e pressionar os governos federal e estadual por soluções estruturais para um dos mais importantes eixos viários do Brasil: a BR-116 e suas alças.
O presidente Ivan Cordeiro conduziu a audiência promovendo a participação de diversos representantes da sociedade conquistense “é muito importante a participação de todos, contribuindo com o debate para que possamos buscar uma solução concreta para Conquista”, afirmou.
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Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu em jantar na casa do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Ele afirmou que será candidato à reeleição.
A declaração do presidente, porém, vai na contramão de declarações anteriores do petista. O colunista lembrou que, em setembro de 2022, pouco antes da disputa do primeiro turno, Lula afirmou: “Todo mundo sabe que não é possível um cidadão com 81 anos querer a reeleição. Todo mundo sabe. A natureza é implacável”.
Antes do segundo turno, o petista havia feito declaração parecida, mas desta vez no Twitter: “Se eleito eu serei um presidente de um mandato só”, publicou Lula na época.
Motoristas flagrados abandonando cães e gatos em vias públicas podem perder o direito de dirigir, segundo proposta do Projeto de Lei 25/2024, de autoria dos deputados federais Marcelo Queiroz´(PP-RJ), Matheus Laiola (União-PR) e Bruno Lima (PP-SP), da Bancada Animal do Congresso.
O texto, que já recebeu aprovação da Comissão de Viação e Transportes, segue agora para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
A proposta modifica o Código de Trânsito Brasileiro, endurecendo as penalidades para quem comete maus-tratos contra animais. Além da cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o PL prevê reclusão de até cinco anos para os infratores.
“Quem abandona um animal na rua comete um ato cruel e irresponsável. E, quando isso é feito de dentro de um carro, em via pública, há ainda o agravante de colocar a vida do animal e de outras pessoas em risco. É hora de dar um basta nisso com medidas mais duras e exemplares. Além das punições da lei dos maus tratos, cassação imediata da carteira”, afirmou Marcelo Queiroz.
Dados do Índice de Abandono Animal, estudo conduzido pela iniciativa global Mars Petcare, mostram que 11% dos tutores de cães e 13% dos de gatos consideram se desfazer dos seus animais de estimação por motivos como mudanças de residência, dificuldades financeiras ou falta de tempo.
Já o Instituto Pet Brasil registrou que, em 2023, cerca de 185 mil animais foram abandonados ou resgatados em situação de maus-tratos no país.
“O abandono é crime e precisa ser tratado com a devida seriedade. A cassação da CNH é uma resposta direta a quem usa o veículo como instrumento para praticar essa crueldade”, completou Queiroz.
Rodrigo Fernandes
O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) criticou, nesta sexta-feira (25), o escândalo de fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “corrupção”: “Estão roubando o dinheiro dos aposentados”.
Em posicionamento nas redes sociais, o parlamentar ainda declarou que “o governo federal não tem limite” quando se trata de corrupção. Segundo investigações da Polícia Federal, as entidades somaram cobranças indevidas de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
“Agora começa um novo escândalo, eles acharam pouco. Agora estão metendo a mão no dinheiro dos aposentados, é o escândalo do INSS. R$ 6,3 bilhões é muito dinheiro. E estão tirando de quem? De quem mais precisa, de quem trabalhou a vida toda, que são os aposentados”, afirmou Sanches, que continuou.
“Comecem a ficar espertos, vocês precisam entender o que está acontecendo com tanta corrupção no governo federal. E olha que ainda vão aparecer outras pessoas envolvidas, não tenham dúvidas”, concluiu.
Matheus Morais
Um dos principais aliados do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o ex-ministro e dirigente do MDB da Bahia, Geddel Vieira Lima, afirmou novamente nesta quarta-feira (9) que o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) não será candidato ao governo baiano nas eleições de 2026. Para o emedebista, o vice-presidente nacional do União Brasil deverá se candidatar a deputado federal no pleito do ano que vem.
Geddel ainda elogiou a articulação política do governo estadual e disse acreditar em uma vitória do governador do PT na disputa pelo comando do Palácio de Ondina. “O União Brasil chegará frágil nacionalmente. Meu sentimento é que o governador Jerônimo Rodrigues está muito bem, tem uma articulação política poderosa.
Ele vai conseguir a reeleição. O ex-prefeito [ACM Neto] não vai ser candidato a governador, vai ser candidato a deputado federal, não será candidato a governador. Ele pode fazer uma aliança e apoiar João Roma, mas ele não vai sair como vice, isso é uma avaliação, não queiram me tirar o direto de fazer uma avaliação”, disse Geddel durante entrevista ao programa “De Cara com o Líder”, da Baiana FM.