por Fábio Zanini
O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse à reportagem que sua chegada ao governo, em 2016, foi um “golpe de sorte ao país”. A declaração foi dada em resposta a discurso feito no sábado (30) pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou a se referir ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) como um “golpe”.
Em evento em Fortaleza (CE), Lula fez a referência quando falava dos percentuais que governos executaram da transposição do rio São Francisco. “Eu e a Dilma fizemos 88% das obras, o outro que deu o golpe [Temer] fez 7% e o mentiroso [Jair Bolsonaro] fez 5%”, afirmou o ex-presidente.
Em resposta, o emedebista afirmou que “afirmações falsas e desarrazoadas não merecem respostas”. “Os brasileiros sabem o que nós fizemos no governo: reforma trabalhista, do ensino médio, o teto de gastos que proporcionou o controle fiscal, a queda da inflação e dos juros, a lei e a recuperação das estatais”, declarou.
Segundo Temer, “esse ‘outro’ fez muito para recolocar o país nos trilhos. Enfim, a chegada do meu governo foi um golpe de sorte ao país”, afirmou. A declaração de Lula deve tornar ainda mais difícil qualquer movimento de aproximação do petista com o ex-presidente.
Como mostrou a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, Temer tende a apoiar Bolsonaro num segundo turno contra o petista, e uma das razões é o incômodo por continuar sendo chamado de “golpista”. No primeiro turno, ele apoiará a senadora Simone Tebet (MS), candidata de seu partido.
A novela sobre a definição do candidato a vice-governador do estado pela chapa de ACM Neto (União Brasil) está próxima do fim. O ex-prefeito de Salvador afirmou, em entrevista ao Jornal Tribuna da Bahia, que o anúncio sairá nesta semana, perto da convenção marcada para o dia 5 de agosto para homologar a sua candidatura ao Governo da Bahia.
“Normalmente essa definição de vice acontece bem perto da convenção. Nossa convenção é dia 5 de agosto, o último dia previsto na legislação para a confirmação das candidaturas. Então, é muito provável que essa definição aconteça bem perto do prazo, senão no próprio dia da convenção”, disse ACM Neto.
Ao todo, nove nomes foram avaliados numa pesquisa interna encomendada para definir o candidato a vice. Apesar do levantamento realizado, aliados do ex-prefeito seguem preocupados com a possibilidade de rompimento no grupo político após a escolha.
“Não sou presidente dos outros partidos, não posso falar por ninguém, exceto pelo União Brasil. Alguns partidos, eu sei que não estão nessa briga, e que vão conosco incondicionalmente. Mas eu vou procurar conduzir da melhor forma para tentar evitar qualquer perda nessa escolha de vice”, garantiu o carlista.
O pré-candidato ao Senado, deputado federal Cacá Leão (PP), disse que está confiante no resultado positivo das eleições que se aproximam. No sábado (30), durante encontro político em Canarana, o parlamentar afirmou que ao lado do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), está vendo, nos mais de 100 municípios da Bahia que já passou nas últimas semanas, a “esperança por mudança no olhar do povo baiano”.
“Temos trabalhado muito, recebido o carinho das pessoas por onde passamos. Eu acredito na vitória deste projeto e que a gente vai poder fazer muito mais, nos próximos anos, pela Bahia no Senado Federal”, destacou Cacá.
Durante visita a cidade de Ibititá, neste sábado (30), o pré-candidato a governador da Bahia, ACM Neto (União Brasil) pediu que os baianos reflitam sobre os problemas crônicos deixados no Estado após 16 anos de governos seguidos do PT. Segundo ele, está claro que os baianos não aguentam mais os mesmos problemas na saúde, educação, segurança pública e desemprego, e querem mudança.
“O que eu tenho pedido aos baianos é que façam uma reflexão usando o coração, avaliem qual é a situação da Bahia do presente. Que estado esse pessoal que está aí nos governando deixa para nós, depois de 16 anos? O que tenho pedido aos baianos é que avaliem se já não foi tempo o suficiente, se já não foi tempo bastante para eles mostrarem do que são capazes e do que não são”, discursou em Ibititá, na microrregião de Irecê.
Segundo Neto, mesmo após 16 anos no poder, o governo petista não conseguiu resolver problemas graves para os baianos: “O pior de tudo é que, quando a gente olha para as questões mais essenciais para a vida do nosso povo, enxergamos muitos problemas. É a insegurança, com essa violência que não para de crescer, é a educação da Bahia com a pior nota no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] de todo o país”, disse.
“É a saúde, trazendo dificuldade para o povo do interior, que precisa logo de um internamento hospitalar e não consegue. É a falta de emprego, é a falta de compromisso com o homem do campo, a falta de atenção ao produtor rural. O que a gente viu por 16 anos foi muita conversa, muito discurso, muita promessa, muita propaganda. O que a gente não viu nesse tempo todo foi trabalho concreto, a gente não viu a vida das pessoas mudarem de verdade”, acrescentou.
ACM Neto e Cacá Leão (PP), pré-candidato ao Senado, foram recebidos em Ibititá por lideranças locais como o ex-prefeito Dr. Chiquinho e Afonso Mendonça (PSDB), candidato a prefeito em 2020. Eles fizeram uma caminhada ao lado de centenas de pessoas pelas ruas da cidade e depois participaram de um ato político ao lado de pré-candidatos a deputado estadual e federal.
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Toda última quinta-feira de cada mês, o empresário Fabrício Abrantes (UB), se reúne com seu grupo político para definir metas e buscar o que é melhor para o município. Com uma grande recepção Fabrício recebeu os pré-candidatos a deputado estadual e federal, respectivamente, Luciano Ribeiro (UB) e José Rocha (UB). O evento contou com a presença de diversas autoridades e políticos de Brumado.
Na oportunidade, Abrantes entregou aos pré-candidatos um programa de governo com projetos visando construir um novo modelo administração a partir de 2024 para Brumado. Fabrício destacou que o município sempre foi importante em sua trajetória política, mas, neste ano, com ainda mais ênfase. “Este projeto de governo para 2024 passa primeiro por 2022 e, juntos, vamos formar a base sólida para tornar Brumado um verdadeiro polo regional”, declarou.
O deputado federal José Rocha disse que a expectativa é de vitória diante de um projeto de governo que prioriza a educação, a saúde e o social. “Traremos para Brumado investimentos que possam transformar essa cidade em um local cada vez melhor”, afirmou. Por fim, o empresário Fabrício Abrantes disse que a reunião marca o compromisso com o futuro de Brumado. “Com a vitória de Zé Rocha, Cacá Leão, Luciano Ribeiro e ACM Neto, a partir de 2023 teremos condições de trazer para Brumado grandes benefícios. Brumado será muito mais assistida com o novo governo de ACM Neto”, garantiu.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto para as eleições presidenciais de 2022. O petista aparece, no levantamento do instituto Datafolha divulgado na noite desta quinta-feira (28), com 47% da preferência dos eleitores, contra 29% do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece bem abaixo, com 8% das intenções de voto, seguido da senadora Simone Tebet (MDB), com 2% da preferência. André Janones (Avante), Pablo Marçal (Pros) e Vera Lúcia (PSTU) alcançaram apenas 1%.
Brancos e nulos somam 6%, enquanto 3% dizem não saber quem escolher. Luciano Bivar (UB), General Santos Cruz (Podemos), Leonardo Péricles (UP), Felipe D’Ávila (Novo), Eymael (DC) e Sofia Manzano (PCB) não pontuaram.
De acordo com o levantamento, se as eleições fossem hoje, Lula venceria no primeiro turno, já que a soma dos percentuais registrados pelos adversários (43%) não supera as intenções de voto do petista.
Poucas mudanças foram observadas em comparação à pesquisa anterior do mesmo instituto, com variações apenas dentro da margem de erro. Lula manteve as intenções de voto, enquanto Bolsonaro oscilou positivamente 1%. Ciro, Marçal e Vera também mantiveram os mesmos percentuais do levantamento de junho. Simone Tebet avançou 1%, enquanto Janones perdeu 1%.
O Datafolha entrevistou presencialmente 2.556 eleitores em 183 municípios brasileiros, entre os dias 27 e 28 de julho. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. A pesquisa, encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo, foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01192/2022.
Em viagens para o interior semanais, sempre de quinta a domingo, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, teria congelado os debates sobre quem vai ocupar a vaga de vice na corrida pelo governo da Bahia. A previsão é que as discussões sejam retomadas apenas na próxima segunda-feira (1º).
Até aqui, circulam diversos nomes como possíveis, mas nenhum teve o aval definitivo do próprio pré-candidato. Interlocutores de ACM Neto sugerem que ele “afunilou” o debate entre quatro pessoas, duas filiadas ao Republicanos e outras duas de partidos aliados – as sugestões, todavia, não são discutidas publicamente. Essa decisão, entretanto, excluiria o deputado federal Marcelo Nilo ou a vereadora de Serrinha, Edylene Ferreira, já que o também deputado federal e presidente do Republicanos, Márcio Marinho, se mantém como postulante e sendo citado nominalmente pelo ex-prefeito em mais de uma oportunidade.
Apesar de ter indicado a possibilidade de antecipar a decisão sobre a vaga de vice para antes da convenção do União Brasil, prevista para o dia 5, essa pausa nos debates posterga o nervosismo presente entre os aliados. Há uma guerrilha intramuros para tentar minar nomes que eventualmente desagradem parte dos grupos e ACM Neto tenta também debelar eventuais focos de incêndio que venham a surgir.
O ex-presidente e candidato ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), possui 44% das intenções de voto no 1º turno, em pesquisa estimulada realizada pelo Instituto Ipespe, contratada pela XP Investimentos.
O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece na segunda colocação com 35% das intenções de votos. A diferença entre Bolsonaro e Lula no primeiro turno é de nove pontos percentuais.
O candidato pelo PDT Ciro Gomes aparece em terceiro lugar no levantamento, com 9% das intenções de voto no primeiro turno.Em eventual segundo turno, Lula venceria contra todos os principais candidatos: Bolsonaro, Ciro e Simone Tebet.
Em um cenário entre o petista e o atual presidente, os votos ficaram em 53% e 36%, respectivamente. Na pesquisa espontânea, Lula amplia sua vantagem e lidera a corrida presidencial com 40% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 30%. Ciro Gomes permanece na terceira colocação com 4%.
O levantamento entrevistou 2 mil pessoas e possui margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-08220/2022.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Walter Braga Netto (PL) lançaram candidatura à Presidência da República na manhã deste domingo (24), em uma chapa ‘puro sangue’. O evento reuniu aproximadamente 10.000 pessoas no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.
A cerimônia começou com uma oração do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL-SP). Depois, Michelle Bolsonaro passou a discursar. Após uma breve fala de Bolsonaro, citando uma passagem bíblica, a esposa do presidente falou que ‘a reeleição não é por um projeto de poder, como muitos pensam, não é por status, porque é muito difícil estar desse lado. A reeleição é por um projeto de libertação’, disse.
Atrás do palco, imagem da bandeira do Brasil e foto do presidente apoiadores e o slogan “Pelo bem do Brasil”. A frase é da coligação da chapa de Bolsonaro, e tem como mote a tese de “luta do bem contra o mal”, que o mandatário tenta imprimir à eleição deste ano na disputa contra o petista.
O presidente escolheu o Rio de Janeiro, reduto onde construiu sua carreira política, para lançar candidatura ao Palácio do Planalto. Desta vez, porém, com mais pompa e circunstância. O Centro de Convenções Sul-América, na região central da cidade, deu lugar ao famoso Maracanãzinho, palco de competições esportivas e grandes espetáculos.
Ganharam espaço no palco principal o chefe do Executivo, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o indicado a vice na chapa, os 4 filhos de Bolsonaro e a dupla sertaneja Mateus e Cristiano cantando o jingle “Capitão do Povo”, feito em homenagem a Bolsonaro.
Entre os aliados que subiram ao palco estavam o presidente da Câmara, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), candidato de Bolsonaro no estado; o ministro Marcelo Queiroga, da Saúde; Ciro Nogueira, da Casa Civil; Fábio Faria, das Comunicações; Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública; e Victor Godoy, da Educação.
Também estiveram por lá o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, que disputará o governo de São Paulo; o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello; a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina; o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef; e os deputados federais Hélio Lopes, Bia Kicis e Carla Zambelli.
Aos 66 anos, Bolsonaro sabe que precisará recuperar votos perdidos durante mais de três anos conturbados, com ameaças à democracia, crise econômica e mais de 677 mil mortos pela covid-19. E, para isso, vai apelar mais uma vez ao antipetismo e contar com o apoio do Centrão.