A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) considerou “inaceitável” que a PGR (Procuradoria Geral da República) tenha anexado ao pedido de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) o áudio da conversa entre o presidente Michel Temer e o delator Joesley Batista sem uma perícia técnica por peritos federais. Em nota divulgada no sábado (20), a associação afirmou ainda que é “temerária” a homologação de acordos de delação premiada “sem a devida análise pericial”. Antes de anexar o áudio ao pedido de abertura do inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal), acolhido pelo ministro Edson Fachin, a PGR submeteu o áudio ao setor técnico do órgão, mas não para uma perícia técnica completa na Polícia Federal. A associação recomendou “o envio imediato” do áudio e do equipamento usado na gravação para uma perícia completa no INC (Instituto Nacional de Criminalística). A associação disse também que, “ao se ouvir o áudio, percebe-se a presença de eventos acústicos que precisam passar por análise técnica, especializada e aprofundada, sem a qual não é possível emitir qualquer conclusão acerca da autenticidade da gravação”. Segundo a Folha de S. Paulo, Joesley Batista não entregou à PGR o equipamento usado na gravação.