O Ministério Público Federal (MPF) abriu nesta segunda-feira (05) inquérito para apurar suposta doação US$ 80 milhões para as campanhas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. A decisão foi do procurador da República Ivan Cláudio Marx, do Distrito Federal. Em delação premiada, o empresário Joesley Batista, um dos proprietários da JBS, afirmou que abriu duas contas no exterior para depositar o dinheiro irregular e que Dilma e Lula sabiam de todo o esquema. Segundo a assessoria do MPF, o ministro relator da Lava-Jato, Edson Fachin, desmembrou o processo porque entendeu que o caso está relacionado com a Operação Bullish, que investiga irregularidades em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com a JBS. Lula e Dilma não possuem foro privilegiado. Na delação, Joesley delatou que foram depositados US$ 70 milhões em benefício do ex-presidente Lula e US$ 80 milhões para a ex-presidente Dilma Rousseff. Ainda segundo o empresário, o ex-ministro Guido Mantega era quem intermediava os pagamentos. Ele teria assegurado ao empresário que os ex-presidentes sabiam dos depósitos milionários.