O ministro da Educação, Abraham Weintraub, chamou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de vagabundos e defendeu a proposta de mandá-los para a prisão.
A declaração foi feita por Weintraub durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, que teve o vídeo divulgado na última sexta-feira (22) após decisão do ministro Celso de Mello.
“Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF. E é isso que me choca. Era só isso presidente, eu … eu … realmente acho que toda essa discussão de “vamos fazer isso”, “vamos fazer aquilo”, ouvi muitos ministros que vi … chegaram, foram embora. Eu percebo que tem muita gente com agenda própria. Eu percebo que tem, assim, tem o jogo que é jogado aqui, mas eu não vim pra jogar o jogo. Eu vim aqui pra lutar. E eu luto e me ferro”.
Em outro momento, o ministro da Educação tem uma nova fala polêmica, desta fez falando sobre seu ódio ao partido comunista. Segundo ele, o PCdoB quer transformar o país em uma colônia.
“Esse país não é … odeio o termo “povos indígenas”, odeio esse termo. Odeio. O “povo cigano”. Só tem um povo nesse país. Quer, quer. Não quer, sai de ré. É povo brasileiro, só tem um povo. Pode ser preto, pode ser branco, pode ser japonês, pode ser descendente de índio, mas tem que ser brasileiro, pô! Acabar com esse negócio de povos e privilégios. Só pode ter um povo, não pode ter ministro que acha que é melhor do que o povo. Do que o cidadão”.
O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou sobre a divulgação do vídeo em suas redes sociais afirmando que era mais uma fake news para tentar derrubá-lo. “Mais uma farsa desmontada; nenhum indício de interferência na Polícia Federal”.
A gravação foi citada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro como prova de que o militar teria o pressionado pela troca do comando da Polícia Federal. Em um dos trechos do vídeo, Bolsonaro admite interesse na troca da “segurança na ponta da linha”.
“Não vou esperar f*der minha família toda de sacanagem ou amigo meu porque não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha. Vai trocar. E se não puder trocar, troca o chefe dele. E se não trocar, troca o ministro. Tem que trocar. Não estamos aqui pra brincadeira”, disse o presidente.