O Brasil deve receber mais uma leva de ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) em 2023. Entre 30 e 50 aves devem chegar ao país, vindas da Alemanha, como parte do projeto de reintrodução da espécie na caatinga brasileira, duas décadas depois de ser considerada extinta na natureza.
Segundo Camile Lugarini, coordenadora executiva do Plano de Ação Nacional (PAN) da Ararinha-Azul, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a ideia é que os animais cheguem ao Brasil já no próximo mês.
O primeiro grupo de 52 ararinhas-azuis chegou a Curaçá em 2020, procedentes de um criadouro alemão. Foi nesse município baiano que o governo brasileiro criou unidades de conservação ambiental para garantir a proteção e o habitat desses animais na natureza.
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai indicar a ex-senadora Marina Silva (Rede) para o Ministério do Meio Ambiente. De acordo com a coluna Kennedy Alencar, do portal UOL, não deu certo a tentativa de convencê-la a assumir o cargo de autoridade climática.
A ideia de Lula era nomear a senadora Simone Tebet (MDB) para a pasta, entretanto, Tebet se colocou à disposição para ocupar esse ministério desde que houvesse acordo com Marina. A deputada federal eleita se manteve firme em relação à pasta e persuadiu Lula.
Na avaliação do próximo mandatário do Brasil, Marina tem peso simbólico nacional e internacional e não poderia deixá-la fora do primeiro escalão. Na manhã desta sexta-feira (23), Lula se reuniu com a parlamentar eleita para organizar as questões ministeriais. Ainda segundo o colunista, a intenção é anunciar a equipe completa na terça ou quarta-feira da semana que vem.
As chuvas registradas na região de Brumado, Sudoeste baiano, fizeram a barragem de Cristalândia, no distrito de mesmo nome, sangrar. O fato é percebido desde a noite da quarta-feira (23). As chuvas registradas nos últimos dias na cidade e região aumentaram o nível do reservatório, especialmente na cabeceira.
Com isso, a barragem chegou à capacidade máxima, de 17 milhões de metros cúbicos, e ainda verteu o volume excedente. Esta é a terceira vez no ano que o reservatório sangra.
O governo federal lançou nesta terça-feira (15), durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP27), a Agenda Brasil + Sustentável. O documento apresenta medidas adotadas nos últimos quatro anos que estariam alinhadas com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), um apelo global para acabar com a pobreza e proteger o meio ambiente. Ao todos, foram listados mais de 800 ações.
Segundo o governo, a produção da Agenda Brasil + Sustentável se deu de forma colaborativa e mobilizou a participação de todos o ministérios. O documento, com 80 páginas, também está acessível ao público. São citadas as contribuições de iniciativas variadas como o Auxílio Brasil, o Plano Safra, o Marco Legal do Saneamento e a Operação Acolhida, entre outros.
A conferência, que este ano está sendo realizada no Egito, ocorre anualmente desde 1995 e foi criada a partir da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima pactuada três anos anos. O evento reúne todos os países signatários da convenção. Durante duas semanas, representantes dos signatários da convenção avaliam as mudanças climáticas no planeta e discutem mecanismos para lidar com a situação. Entram na pauta diversos temas relevantes, como geração de energia limpa, mercado de carbono e agricultura sustentável.
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, é o chefe da delegação do brasileira. Em discurso proferido hoje, ele também apresentou programas e políticas públicas implementadas pelo país nos últimos anos. “Desde 2019, trabalhamos junto com o setor privado para encontrar soluções climáticas e ambientais lucrativas para as empresas, as pessoas e a natureza. Invertemos a lógica dos governos anteriores de só agiam para multar, reduzir e culpar. Este governo faz políticas para incentivar, inovar e empreender, criando assim marcos legais para uma robusta economia verde com geração de emprego e renda a todos os brasileiros”, disse o ministro.
Leite reconheceu que o país tem desafios para enfrentar, como o desmatamento ilegal na Amazônia, os 100 milhões de brasileiros sem acesso a redes de esgoto e os mais de 2,6 mil lixões a céu aberto.
A Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) anuncia, nesta terça-feira (15), a liberação de quase R$ 10 milhões em pesquisas para empresas instaladas na região amazônica em parceria com o BNDES e o Ministério da Educação.
As pesquisas, voltadas para a área de bioeconomia, devem movimentar cerca de R$ 30 milhões em negócios ligados às cadeias produtivas florestais da Amazônia, considerando a contrapartida das empresas e dos centros de pesquisa envolvidos.
Pelas regras de financiamento da Embrapii, pesquisas para empresas de médio e grande porte exigem contrapartidas de investimento no projeto. A cada R$ 10 aplicados na pesquisa, as empresas entram com R$ 7 e os agentes financiados com R$ 3.
Um dos projetos –voltados para a chamada bioeconomia sustentável, tema de campanha de Lula e chamariz de seu roadshow pela COP27– prevê a transformação da castanha do Pará em plástico por uma startup de Manaus (AM).
A Embrapii é um agente viabilizador de inovação na indústria. Com um orçamento de R$ 400 milhões, mantém uma rede com 85 centros de pesquisa. Na COP27, vai anunciar ainda a inclusão de mais quatro núcleos de pesquisa.
Na lista de projetos ligados à bioeconomia estão a produção de biofertilizantes e a produção de couro vegano, cujo processo de produção reduz a utilização de água.
A Bahia acaba de ultrapassar 69,4 mil conexões operacionais de energia solar em telhados e pequenos terrenos, espalhadas por 417 cidades, ou 100% dos 417 municípios da região, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A potência instalada de energia solar distribuída na Bahia coloca o estado na oitava posição do ranking nacional da Absolar.
Desde 2012, a modalidade já proporcionou à Bahia a atração de mais de R$ 3,3 bilhões em investimentos, geração de mais de 18,6 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
O estado possui 621,4 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Para Santiago Gonzalez Gil, coordenador estadual da Absolar na Bahia, o avanço da energia solar no País é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil e ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.
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O Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (3), determinou a retomada do Fundo Amazônia. Com isso, o governo federal tem até 60 dias para tomar as medidas administrativas para cumprir a decisão.
A ministra relatora do caso e presidente do STF, Rosa Weber pediu que o fundo fosse reativado em seu formato de governança original, com o intuito de combater o desmatamento na Região Amazônica. A magistrada, durante o voto, ainda pontuou que o fundo está paralisado desde 2019 – assim, os mais de R$ 3 bilhões de doações não podem ser investidos em projetos de preservação e conservação do meio ambiente.
Em 2019, o fundo foi desativado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, o chefe do Executivo Nacional disse que havia divergências sobre a gerência de seu orçamento e atritos com países que ajudavam a capitalizá-lo, com doações bilionárias, como Alemanha e Noruega. O único a votar contra foi o ministro Nunes Marques.
Em reação à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente da República, no domingo (30), a Alemanha anunciou nesta quarta-feira (02) a disposição para descongelar o repasse de recursos para o Fundo Amazônia. O país europeu é um dos co-financiadores da iniciativa, junto com a Noruega e o governo brasileiro, via BNDES.
“Em princípio, estamos prontos para liberar os meios congelados para o Fundo de Preservação da Floresta Amazônica”, disse um porta-voz do ministério alemão do Desenvolvimento e Cooperação. Na segunda-feira (31), a Noruega já havia sinalizado a possibilidade de articular com o presidente eleito brasileiro a retomada da cooperação.
Conforme o Ministério do Clima e Meio Ambiente norueguês, há cerca de US$ 641 milhões paralisados na conta do fundo. O valor corresponde a R$ 3,29 bilhões, no câmbio atual. O repasse foi suspenso em 2019, por discordância dos países europeus com relação à política ambiental do governo brasileiro. Fontes: G1 e AFP.
O acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia Legal até 21 de outubro já egistrou a pior marca da série histórica anual do Deter, o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real do instituto. O cumulado foi de 9.277 km², de janeiro até o último dia 21 de outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Segundo o G1, faltando mais de 2 meses para o fim do ano, essa marca já superou até mesmo todo o ano de 2019, a pior taxa até então, quando os alertas de desmate deram um salto e chegaram até 9.178 km².
Quando comparada toda a série, o acumulado de alertas de desmatamento em 2022 na Amazônia Legal marca o quarto ano consecutivo da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) em que os alertas por ano civil ficam acima da marca de 8 mil.
A Amazônia Legal é uma região que corresponde a 59% do território brasileiro e que engloba a área de 9 estados – Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão.
O incêndio de grandes proporções que atingiu áreas em Rio do Pires, no Sudoeste baiano; e Piatã, na Chapada Diamantina, foi dado como controlado nesta segunda-feira (19). As chamas atingiam a Serra do Barbado desde a última sexta-feira (16). Conforme o G1, a informação do controle do fogo foi confirmada pela Secretaria de Meio Ambiente de Rio do Pires.
O Corpo de Bombeiros, que foi acionado, segue nesta segunda na localidade como forma de prevenir a formação de novo focos de incêndio. Ainda segundo informações, imagens feitas por moradores mostram que a fumaça está menos espessa nesta segunda em relação o sábado (17).
Em torno de 12 militares chegaram ao local para trabalhar no controle do fogo. A área é considerada de difícil acesso. Ainda segundo informações, o secretário de Meio Ambiente de Rio do Pires, José Carlos Almeida de Oliveira, informou que a área afetada tem vasta vegetação de cerrado e caatinga, além de muitas nascentes, constituindo parte importante para a fauna e a floral local.
Até o momento não há informações sobre a extensão da área afeta pelo fogo nem do que ocasionou as chamas.