O ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal estendeu neste sábado (19) para outros quatro presos no âmbito da Operação Ponto Final o habeas corpus que foi concedido ao empresário Jacob Barata Filho e ao ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do RJ (Fetranspor), Lélis Teixeira). A Operação Final é um desdobramento da Lava Jato que investiga um esquema de corrupção no setor de transportes do Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), empresas e políticos do estado participaram do esquema em que cerca de R$ 260 milhões foram movimentados ilegalmente. A soltura de Cláudio Sá Garcia de Freitas, Marcelo Traça Gonçalves, Enéas da Silva Bueno e Octacílio de Almeida Monteiro serão determinados pelo ministro. De acordo com informações do blog do Camarotti, no despacho Gilmar destaca que os dois últimos têm 75 e 80 anos, respectivamente. O ministro ainda utilizou-se do despacho para responder às críticas de suspeição, por ter sido padrinho de casamento de Barata Filho. “O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde”, citou Rui Barbosa. Criticando os procuradores do MPF que haviam apontado a suspeição, Gilmar afirmou que “não se pode curvar e ceder a grupos de trêfegos e barulhentos procuradores” e nem se “curvar ao clamor popular”.