Em desafio à decisão do Supremo Tribunal Federal, o Senado deve rejeitar a decisão tomada pela Corte nesta terça-feira (26), pelo afastamento do mandato e recolhimento noturno de Aécio Neves. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a determinação do tribunal causou reações tanto no próprio Supremo com no Senado. Sendo muitos alvos de investigações, os senadores começaram a cobrar do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que a decisão seja votada em plenário. “O Supremo extrapolou a interpretação da Constituição. É uma teratologia patente o que se fez ontem [terça, 26]. Aplicou-se sanções que não estão previstas”, disse o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), vice-presidente do Senado, para completar: “Se a Constituição foi ferida por uma decisão, e cabe ao Senado tomar decisão baseada na Constituição, obviamente que o Senado vai tomar as providências”. Os congressistas defendem que o afastamento não tem base constitucional, o que também foi defendido pelos ministros do STF que se pronunciaram contra a medida. Gilmar Mendes, por exemplo, defende que o plenário da corte rediscuta a punição o senador tucano. “Quando a turma começa a poetizar, começa a ter um tipo de comportamento, vamos dizer assim, suspeito, certamente seria bom que a matéria viesse para o plenário”, disse.