A nova fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé, cumpre 51 mandados em três estados. Na Bahia, a Polícia Federal realiza diligências em Salvador e em Camaçari. Também são realizadas ações no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ao todo, 300 policiais cumprem 38 mandados de busca e apreensão, 2 de prisão preventiva, 6 de prisão temporária, 5 conduções coercitivas. Esta etapa tem entre seus alvos o marqueteiro baiano João Santana e a Odebrecht. Agentes da Polícia Federal estiveram na sede da construtora na capital paulista. De acordo com o G1, investigadores esclarecem que acarajé é o termo usado pelos envolvidos para quando queriam se referir a dinheiro em espécie.
O PT e o Palácio do Planalto aguardam uma resposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o sítio usado por ele em Atibaia, no interior paulista, alvo de inquérito da Operação Lava Jato, para traçarem uma estratégia de defesa do petista. O Conselho do Instituto Lula, formado por 36 integrantes, se reúne nesta sexta, 12, em São Paulo. O objetivo da reunião, marcada desde o ano passado, é decidir o planejamento para 2016, mas existe a expectativa de que Lula finalmente fale sobre o assunto. A Lava Jato investiga se empreiteiras que participaram do esquema de desvios de verbas da Petrobrás bancaram a reforma do imóvel em Atibaia. Lula espera que a presidente Dilma Rousseff o defenda de forma explícita. De acordo com integrantes do governo, ela tem dito que está disposta a ajudar, mas alega que não poderia fazer muita coisa além de manifestar solidariedade ao seu antecessor enquanto ele próprio não apresentar uma explicação definitiva para o caso. Na direção do PT existe consenso de que proteger Lula é proteger o PT. O presidente Rui Falcão gravou um vídeo e publicou um texto em sua defesa, um ato de solidariedade foi marcado para a comemoração de 36 anos da legenda, dia 26, no Rio, e dirigentes têm tomado iniciativas pessoais em favor do ex-presidente. Mas até agora Lula não deu uma posição ao partido sobre as suspeitas.
A pensão alimentícia é um direito de toda criança, adolescente e idoso. As mudanças no Código Civil tornaram mais rigorosas as leis quanto às pensões. As novas medidas entrarão em vigor a partir de 18 de março. A Rádio Cristal convidou a advogada e professora da faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo, Cristiane Beuren, para tirar dúvidas e esclarecer as mudanças no código. A legislação anterior tinha regras especificas para a lei, porém muitas coisas a justiça deliberava sem estar previsto em lei. Por exemplo, o fato de o requerente ter a pensão avaliada em 30% do salário do requerido não estava previsto em lei, a decisão, era uma jurisprudência da justiça. A mudança a partir de março prevê em lei este número. O que muda? O rigor.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai prestar depoimento na Operação Lava Jato no dia 14 de março. O juiz federal Sergio Moro definiu a data nesta quinta-feira (11). Lula será testemunha de defesa do pecuarista José Carlos Bumlai, preso em novembro do ano passado. No mês seguinte, ele admitiu que houve fraude na quitação de um empréstimo de R$ 12 milhões para pagar o PT. Segundo o jornal O Globo, esta é a primeira vez que o ex-presidente vai prestar depoimento a Sergio Moro. Ele será ouvido na Justiça Federal em São Paulo, em videoconferência com a Justiça no Paraná. Outras quatro testemunhas de Bumlai vão falar no mesmo dia. Para o Ministério Público Federal (MPF) o valor dos empréstimos obtidos por Bumlai no Banco Schahin e repassados para o PT foram pagos com a contratação de uma empresa do Grupo Schahin para operar um navio sonda da Petrobras, em 2009.
O delegado da Polícia Federal, Marlon Cajado, informou à Justiça Federal em Brasília que há um inquérito aberto investigando a eventual participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros agentes públicos no suposto esquema de compra de medidas provisórias alvo da Operação Zelotes. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Cajado afirma que é necessário apurar se outros servidores, além do que já foram denunciados, estão envolvidos com a organização criminosa ou se foram corrompidos. A comunicação foi feito por ofício encaminhado ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela ação penal resultante da Operação Zelotes. O documento foi elaborado em resposta a questionamentos feitos pelos advogados dos réus. Além de Lula, Cajado citou os ex-ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Erenice Guerra (Casa Civil), Nelson Machado (Previdência), e outros funcionários como o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira.
O uso de um boneco de estética negra como esponja de lavar louças, no programa Big Brother Brasil 16, levou a TV Globo a ser investigada pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) por suspeita de discriminação racial. A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão enviou ofício à emissora, intimando-a a prestar esclarecimentos dentro do procedimento preparatório instaurado pelo órgão. Desde que o programa começou e o boneco foi exibido, diversas representações contra a TV Globo foram recebidas pela seção de atendimento ao cidadão do Ministério Público Federal. Em geral, todas alegaram que o objeto reforça um estigma de comparação entre o cabelo crespo e uma esponja de aço e amplia o preconceito contra o negro no Brasil. Antes da instauração do procedimento pelo MPF, embora já houvesse repercussão popular contra o utensílio, a Rede Globo havia informado que não tinha a intenção de retirá-lo do programa. Procurada pela reportagem nesta quarta-feira, 3, a emissora carioca informou que “a esponja citada, representando um dançarino disco dos anos 1970, faz parte de uma coleção que retrata ícones de gerações e culturas diversas, como uma moça descolada dos anos 60, um soldado da guarda inglesa e até a rainha Elizabeth”. Segundo a Globo, os “outros modelos estão sendo colocados na casa conforme as necessidades de uso e já podem ser vistos no ar”. Na nota encaminhada para a reportagem, a emissora não comentou a iniciativa do MPF-RJ.
O jornalista e apresentador do programa Domingo Espetacular, da Rede Record, Paulo Henrique Amorim, foi condenado a cinco meses e dez dias de prisão por ofensas ao diretor de Jornalismo da Globo, Ali Kamel. Na decisão publicada nesta sexta-feira (29), o desembargador Edison Brandão, relator do processo, justificou que Amorim empreendeu uma “autêntica empreitada” contra a honra de Kamel, pois a intenção de cometer o crime “salta nítido nos autos, ficando clara a intenção em macular a honra de Ali Kamel”. O imbróglio começou após o apresentador afirmar em seu blog jornalístico Conversa Afiada que Kamel cometeu racismo no livro “Não Somos Racistas – Uma Reação aos que Querem nos Transformar numa Nação Bicolor”. Na postagem, ele afirmou que o diretor global “engrossa as fileiras racistas dos que bloqueiam a integração e a ascensão dos negros”, além de classificar Kamel como um homem “trevoso”. De acordo com o Na Telinha, o desembargador sustentou que Amorim “seguramente poderia exercer seu direito à crítica sem emprego de palavras demeritórias e pejorativas”. Ainda cabe recurso da decisão. Paulo Henrique Amorim já ofendeu o também jornalista global Heraldo Pereira. No seu blog, afirmou que Pereira era “negro de alma branca” e que não conseguiu revelar nada além de ser “negro e de origem humilde”. Processado pelo jornalista, Amorim foi condenado pelo crime de injúria. A assessoria da Record informou que o apresentador não falaria sobre a condenação desta sexta.
O promotor de Justiça de São Paulo, Cassio Conserino, diz que tem indícios suficientes para denunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O crime seria lavagem de dinheiro em investigação sobre um apartamento triplex que havia sido reservado pela OAS para sua família. De acordo com informações da Folha, o promotor pondera que, apesar das provas de favorecimento de Lula pela OAS, o petista terá oportunidade de apresentar defesa no decorrer das apurações. A estratégia deve ser adotada para evitar o oferecimento de uma acusação formal. A promotoria também apura se a OAS usou apartamentos do prédio na praia de Astúrias, no Guarujá (SP), para lavar dinheiro ou beneficiar pessoas indevidamente. Em dezembro do ano passado, um dos sócios de uma empresa que executou a reforma do triplex paga pela OAS afirmou em depoimento que a mulher de Lula, Marisa Letícia, acompanhada de três homens, participou de uma reunião no apartamento com o coordenador de projetos da empresa.Entre esses homens estavam o presidente da OAS na época, Leo Pinheiro, e um dos filhos de Lula, o Fábio Luís (Lulinha), segundo o depoente.
Um juiz da 10ª Vara Federal de Brasília autorizou, nesta terça-feira (19), que a presidente Dilma Rousseff seja ouvida como testemunha de defesa no processo derivado da Operação Zelotes. O caso investiga a suposta compra de medidas provisórias para beneficiar o setor automotivo. De acordo com a Folha de S. Paulo, outros oito políticos também serão intimados para depor. O juiz Vallisney de Souza Oliveira determinou, contudo, que Dilma possa ser ouvida por escrito, como previsto no artigo 221 do Código de Processo Penal. Tanto ela quanto os políticos poderão declarar que não sabem nada sobre os fatos citados na denúncia do Ministério Público Federal e, assim, não seriam obrigados a responder as perguntas. Caso queiram dar um depoimento presencial, poderão indicar, em prévio ajuste com o juiz, hora e local. A presidente foi arrolada como testemunha de defesa do empresário Eduardo Valadão, preso em outubro do ano passado. Ele havia solicitado 63 pessoas como testemunhas, mas o juiz mandou baixar para 11. Nos autos da operação, não há qualquer relato sobre ligação pessoal ou profissional entre Valadão e os políticos citados.
O senador Delcídio do Amaral estria insatisfeito com a falta de apoio do PT, do governo e até do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o parlamentar acreditava que o Supremo Tribunal Federal (STF) teria autorizado sua saída do cárcere no fim de 2015 se os atores tivessem “se movido” para obter o benefício. Delcídio foi preso no dia 25 de novembro pela Polícia Federal, acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato Em dezembro, circulava no STF que a possibilidade de Delcídio ter a detenção revogada era grande. Porém, no dia da decisão, o ministro Teori Zavaski despachou sozinho e manteve o petista na cadeia. Mesmo irritado, Delcídio ainda não decidiu se vai aderir ao programa de delação premiada. Apesar de diminuir sua eventual condenação, a confissão de crimes significaria abrir mão, definitivamente, de seu mandato de senador.